“They” | Como foi realizar um curta de ficção científica?

Além de ser uma das colunistas do Por Dentro da Tela, eu também sou diretora, produtora e roteirista da Best Team Productions, uma produtora independente que tenho com mais 6 amigos, entre eles, Guilherme Rocha, também colunista aqui do site, e o Albert Hipolito, criador da página.

Recentemente, lançamos no YouTube o nosso primeiro projeto que foi escrito pela minha irmã, Letícia Piroutek, e no qual dividimos a direção, um curta de ficção-científica chamado “They”.

Ele foi reconhecido em cinco festivais internacionais e que você pode assistir abaixo com a opção de legendas em português e inglês.

Como foi realizar um curta de ficção científica?

A experiência de realização do curta foi um grande desafio, mas extremamente prazerosa e gratificante, principalmente por causa da equipe que compõe a Best Team. Todos abraçaram a ideia 100% e deram tudo de si para nos ajudar a trazer essa visão à vida.

O Departamento de Arte, composto pelo Albert Hipolito e a Mariana Mello, se dedicou muito para conseguir fazer com que todos os elementos da história se tornassem realidade.

Entre várias outras coisas, um dos props que utilizamos, o objeto alienígena, obrigou o Albert a passar várias semanas em um processo de tentativa e erro que, com certeza, testou sua paciência, mas que valeu muito a pena no final, pois o resultado ficou fantástico. Ele fala sobre sua experiência mais abaixo.

Além de cuidar de vários outros objetos de cena, entre eles as cartas que a protagonista recebe e o calendário, e da decoração dos cenários, a Mari também ficou responsável pela produção de alimentos, junto com a minha mãe, Vera Piroutek. Sem elas duas se certificando de que todos estavam sempre de barriga cheia, o filme não tinha saído.

As cartas que a protagonista recebe no filme
O calendário onde ela conta os dias que ainda lhe restam

Pode parecer estranho uma Diretora de Arte que também faz a função de produtora de alimentos, mas em produções de baixo orçamento, a ordem do dia é o acúmulo de funções.

Todos sempre acabam cumprindo mais de um papel no set e esse foi apenas mais um dos vários desafios que tivemos que enfrentar, mas que conseguimos superar devido a harmonia do grupo como um todo.

Mariana Mello fazendo os últimos ajustes no cenário antes das gravações

A criação do objeto alienígena mencionado acima foi um desafio muito grande desde a sua concepção.

Como é algo muito difícil de descrever visualmente, contamos com a ajuda da Jazz Miranda que desenhou a arte conceitual para ele. Além disso, ela também testou os limites de sua criatividade ao criar o idioma alienígena que utilizamos no filme.

O alfabeto alienígena pode ser visto em alguns takes
Queríamos algo diferente, mas que ao mesmo tempo fizesse sentido. Por isso tomamos o cuidado de conceituar todo o alfabeto

A Fotografia

O trabalho com a Direção de Fotografia, realizada pelo Julio Mello que também cumpriu a função de câmera, foi um de muita cumplicidade.

Tivemos muita sorte pois ele entendeu rapidamente o que estávamos buscando visualmente para o projeto e estava sempre disposto a tentar tudo o que pedíamos, fazendo todo o possível para conseguir chegar no resultado que esperávamos. Sua experiência e paciência foram essenciais.

A captação de imagens é sempre um desafio, mas foi engraçado como as maiores dificuldades surgiram nas cenas que acreditamos que seriam as mais simples e rápidas de filmar.

Por exemplo, há uma cena do curta onde a protagonista, interpretada pela Ana Hikari, joga vários papéis no lixo. Queríamos apenas uma tomada de dentro da lata de lixo que imaginamos que iria levar no máximo 5 minutos para filmar. Ledo engano.

Passamos cerca de uma hora tentando fazer o take funcionar usando uma caixa de papelão, forçando o Julio a levar cartada na cara e arriscando a integridade da câmera repetidamente.

Experimentando como seria o resultado na câmera

Outro problema inesperado que surgiu nessa cena foi que, como o Julio tinha que se posicionar debaixo da caixa, ela acabava ficando muito mais alta do que uma lata de lixo normal, fazendo com que o movimento da Ana ao passar por ela e jogar os papéis não ficasse natural.

Então, tivemos que alinhar várias cadeiras como uma passarela para que ela andasse por elas ao jogar os papéis. Só assim, e em meio a muitas gargalhadas devido ao absurdo da situação, conseguimos o efeito necessário.

Além disso tudo, sempre estávamos junto com a atriz para lhe dar segurança

Casting

Na preparação de elenco contamos com a ajuda da Juliana Soares, outro membro da Best Team, que, apesar do pouco tempo que tivemos para ensaiar com os atores, conseguiu trabalhar com eles o suficiente para que atingissem níveis emocionais muito além do esperado.

Inclusive, modificamos a concepção de uma das cenas do curta após um dos ensaios, pois a nossa atriz, Ana Hikari, teve uma reação muito mais interessante do que a que tínhamos concebido inicialmente.

Nas cenas na academia, Juliana (esq.) e Ana conversam para chegar num melhor consenso emocional e físico da cena

Além da nossa equipe incrível, tivemos a sorte de conseguir um elenco de primeira, composto Keila Fuke e Neto Mahnic, que também abraçaram o projeto completamente e conseguiram trazer os personagens à vida de forma extremamente genuína.

Acho que até ficamos meio mal-acostumados, pois é muito raro encontrar um elenco que parece que já nasceu pronto, que consegue fazer o personagem pular da página como se fosse a coisa mais fácil do mundo.

Da esq. para dir.: Ana Hikari, Neto Mahnic e Keila Fuke

Produção

Na produção tivemos o Guilherme Rocha ao nosso lado o tempo todo se certificando de que tudo estava indo conforme o esperado e dentro do horário.

Apesar do frio na espinha que sentíamos toda vez que ele vinha avisar que só tínhamos mais 15 minutos para terminar uma cena, foi esse tipo de controle que garantiu que terminássemos antes do horário em todos os dias de gravação.

Por incrível que pareça, não tivemos um único dia onde encerramos com atraso, o que é muito raro em se tratando de produções cinematográficas de qualquer tamanho. E, considerando que esse foi o nosso primeiro projeto juntos, esse nível de organização é de se admirar.

A gente sempre leva nosso trabalho a sério, mas tem espaço para uma graça ou outra. O Guilherme também fazia a claquete.

Direção Geral

O processo de direção junto com a minha irmã também foi muito gratificante. Ambas tínhamos a mesma visão para o projeto e os fracos de uma eram os fortes da outra, então nos complementamos muito bem no set.

Além disso, a forma de escrever dela é sempre muito descritiva sem ser maçante, o que faz com que a leitura de seus roteiros seja uma experiência muito visual e clara, é possível enxergar todo o filme já no estágio do roteiro.

Portanto, estávamos com a faca e o queijo na mão, era só uma questão de ter discernimento suficiente para que a execução fosse feita da forma correta. É muito comum vermos ótimos roteiros se tornarem péssimos filmes nas mãos de diretores que não sabem o que estão fazendo, mas acredito que conseguimos escapar dessa armadilha aqui.

Minha irmã e eu no set

Montagem e pós-produção

Na pós-produção, contamos novamente com a ajuda imprescindível do Julio Mello que também ficou como editor do curta e cuja sensibilidade permitiu que logo no primeiro corte ele já chegasse muito perto do que queríamos para o resultado final.

Contamos também com os talentos musicais de Vinícius Filipe e André Law. Foi a primeira vez que trabalhamos com uma trilha sonora original e os meninos foram incríveis, nos deram várias opções de melodias de acordo com as referências que receberam de nós e estavam sempre 100% abertos a todos os ajustes que pedimos.

Aos poucos foram moldando a trilha até que se encaixasse perfeitamente com a nossa história.

Resultado Final

A realização desse curta foi realmente um trabalho em conjunto cujo sucesso se deu por causa da harmonia e confiança que existia dentro do grupo como um todo.

Essa foi a primeira vez que trabalhei com um coletivo no qual confiava de olhos fechados e que se doou 100% a todo o processo desde o início.

Como se tudo isso não fosse o suficiente para garantir uma experiência ótima, o clima no set era um de descontração, diversão e muitas risadas.

O processo de produção de um filme é sempre muito exaustivo, mas nossa equipe fez com que toda a experiência fosse muito leve e prazerosa.

Apesar das ansiedades e inseguranças que surgem ao se estar numa posição de liderança em projetos desse tipo, a sensação de que estávamos passando o dia nos divertindo com amigos facilitou demais todo o processo e só cimentou a minha certeza de que não há nada no mundo que eu ame mais do que fazer cinema.

De preferência com esse coletivo único e maravilhoso que tive a sorte de encontrar.

Mas não foi só eu quem curtiu fazer parte da realização desse filme. A seguir alguns membros da equipe nos contam em suas palavras o que acharam de toda a experiência e o que descobriram sobre si mesmos no processo.

Que dia!

Depoimentos das pessoas que produziram com a gente

Letícia Piroutek (Diretora e Roteirista)

Eu escrevi o “They” em mais ou menos dez minutos em um surto de raiva que tive enquanto tomava banho.

Não lembro exatamente porque estava irritada, mas eu tive a ideia e formulei tudo na minha cabeça enquanto estava no banho.

Quando me sequei, me sentei na cama com uma caneta e um pedaço de papel e escrevi toda a história, narrada pela nossa personagem, Tai.

Acho que nunca escrevi nada tão rápido e, até hoje, é provavelmente a história que criei que eu mais gostei. Então, o processo de escrita foi bem básico.

Obviamente adaptamos algumas coisas com o passar das semanas, e deixamos a história mais densa, mas, no geral, o que eu escrevi no papel aquela primeira vez é o que foi para a produção do produto final.

Tenho uma relação complicada com direção, por ser uma pessoa que gosta de ficar muito sozinha. A Direção te obriga a lidar com muitas pessoas, coisas e emoções ao mesmo tempo e é algo que me sobrecarrega.

A direção do “They” foi tranquila pois estava rodeada de pessoas que eu simplesmente adoro, todo mundo da Best Team tem uma relação muito boa, então, não posso reclamar.

O clima no set era sempre pra cima e nos divertimos muito. Todos fizeram sua parte da melhor forma possível e se dedicaram muito ao projeto, o que foi muito legal de ver depois de experiências ruins na faculdade.

Mas, pessoalmente, percebi que a direção não combina muito com a minha personalidade e me desgasta muito.

Ao mesmo tempo que percebi que não tenho muito apreço por direção, o “They” foi uma experiência magnífica para perceber que o que eu amo mesmo é a escrita.

Não tem nada melhor do que se sentar em um canto confortável e deixar sua imaginação te levar para onde você desejar. A Direção me faz sentir presa e nervosa, enquanto a escrita me liberta e me deixa leve.

Um pouco do roteiro de They

Albert Hipolito (Diretor de Arte)

Eu gosto de pensar que o processo de criação da Direção de Arte não é algo individual. Sendo uma equipe, muitas vezes as contribuições criativas podem vir dos membros que a compõem e, principalmente, partindo da Direção Geral.

No “They”, as diretoras tinham algumas ideias claras de como era o universo visual deste projeto. Como diretor, meu papel nessa fase foi captar a demanda e adaptá-la para a realidade orçamentaria, assim como para a realidade técnica da época.

Estes dois aspectos são importantes, porque no cinema de guerrilha as condições de se fazer um filme são limitantes, mas a criatividade para contornar estas limitações não.

Eu particularmente fiquei responsável pela confecção de dois objetos: a caixa de correio e o objeto alienígena. Sobre as outras decisões, apesar de estar ciente e contribuir com ideias e soluções, a Mariana Mello que assina a Direção de Arte junto comigo estava mais à frente.

Sobre a caixa de correio, essa demanda surgiu do estilo/decupagem da Direção das Irmãs Piroutek.

Elas queriam que a cena fosse filmada de dentro da caixa. A primeira coisa que fizemos foi pesquisar por caixas de correios (estilo americana), depois de descartada essa hipótese (cinema de guerrilha, baixo orçamento) decidimos por fabricar a própria caixa.

A caixa de correio foi feita com materiais comuns. Além de ter um suporte na base para coloca-lá num tripé

O processo de fabricação foi uma experimentação. A caixa foi o resultado de uma mistura de E.V.A., papelão e arame.

O objeto alienígena, esse sim o mais desafiador, foi o que mais quebramos a cabeça. Como é um objeto que não existe, defini-lo em palavras parecia impossível. Então tivemos a ajuda da Jazz Miranda que desenhou o conceito da peça.

O concept do objeto

A construção foi de resina. Como já tinha trabalhado com resina para fazer garrafas falsas para um trabalho da faculdade, me sentia familiarizado com o produto (o quanto isso é possível trabalhando apenas uma vez com isso).

O molde foi de durepox, ou seja, a primeira peça era de durepox. Dessa peça construí o molde de látex e desse molde saiu a peça de resina. Para alcançar o aspecto que vemos no filme usamos esmaltes misturados à resina.

Há outras soluções as quais chegamos no projeto, mas para não me estender destaquei os principais.

Aprendi muito com o projeto, principalmente a dividir o Departamento de Arte com outra liderança. Gostei bastante de trabalhar dessa forma.

Fiquei surpreso com a sinergia em todo o projeto. Talvez por não ter o olhar do todo, como o produtor ou as diretoras, algo pode ter escapado do meu olhar. Se existiu foi muito pequeno ao ponto de não prejudicar o projeto.

O que eu faria diferente seria aumentar o orçamento do projeto. Acho que as soluções viriam mais rápido, mas com certeza demandariam criatividade e isso, modéstia a parte, sobrou na Arte e nos outros departamentos.

Adorei o filme, gostei muito do resultado e espero trabalhar em projetos tão legais quanto este.

No set, sempre estamos em comunicação para alcançar soluções juntos

Julio Mello (Diretor de Fotografia, Câmera e Editor)

Para elaborar a decupagem fotográfica do THEY, segui referências passadas pelas Diretoras. A principal fonte foi o filme A Chegada.

O filme, em diversos momentos, consegue criar momentos que nos deixa bem próximos do drama vivido pela protagonista. Seguindo essa lógica, foi possível replicar essa dinâmica através de planos fechados.

Devido ao fato de se tratar de um curta de baixo orçamento, tivemos que nos virar com os nossos próprios equipamentos. Tínhamos à disposição uma Canon DSLR 6D – Full Frame, uma lente 50mm e uma lente 24-105mm.

Tínhamos também adaptadores para tornar a lente macro. Porém, em 90% das cenas, conseguimos atingir o resultado esperado apenas com a 50mm.

Durantes os testes de câmera e mesmo durante as gravações, notamos que para a proposta do filme, tínhamos o necessário para contar a história da maneira que as diretoras esperavam.

E de fato conseguimos atingir um excelente resultado, considerando nossas limitações.

Era a primeira vez que atuava como Diretor de Fotografia e Câmera, trabalhando com as diretoras. Estávamos nos conhecendo e entendendo as metodologias de cada um.

De minha parte, posso dizer que foi uma experiência ótima. Elas depositaram total confiança em mim para sugerir alguns enquadramentos que poderiam ser mais interessantes para a história.

Mas claro que a palavra final era sempre delas.

Durante toda a gravação, o set sempre foi bem descontraído. Além de colegas de trabalho, a maior parte da equipe são amigos bem próximos.

Porém, na hora que a câmera ligava, todos tinham postura e profissionalismo. No momento que a cena encerrava, sempre tínhamos algumas risadas pra deixar o set mais aconchegante.

De todo o processo referente a imagem, a única coisa que confrontei com a Direção, foi o pedido de fazer alguns takes com câmera na mão.

Sempre tive receio de planos assim usando uma DSLR, pois ela não possui um estabilizador interno como a maior parte das câmeras de cinema.

Contudo, ao seguir a orientação da Direção, conseguimos atingir um excelente resultado e criar uma situação dramática bem interessante nesses takes. Na dúvida, sempre ouça seu Diretor. Ele sabe o que faz.

Um exemplo dos takes com a câmera na mão

Sobre a Edição

O processo de Edição do THEY foi bem gostoso. Tínhamos uma infinidade de boas opções para construir o filme.

De fato, montar as imagens não foi o grande desafio da Edição. As referências estavam tão claras que, mesmo após entregar o primeiro corte, recebi pouquíssimos pedidos de alterações.

O desafio maior foi lapidar as trilhas. Como trabalhamos com trilha sonora original, conversei com o Vinícius Filipe, um colega de trabalho que já havia feito a trilha sonora de um filme que eu havia dirigido.

Ao me reunir com ele, fiz a ponte com as Diretoras, juntos, fomos aos poucos lapidando as músicas até que conseguimos atingir o resultado esperado.

O filme, no geral, possui uma montagem simples e sensível. Ao editar e finalizar o filme, me envolvi muito na história e sinto que consegui atingir um clima bem intimista.

Diferente da Fotografia, o Editor é alguém que trabalha isolado.

Apesar disso, é gostoso ver o resultado de um trabalho feito a várias mãos. Mas confesso que o melhor de tudo, é ter o trabalho divulgado e receber feedbacks positivos de tantas outras pessoas que também se emocionaram com essa história maravilhosa.

Planos detalhes que entraram no filme

Guilherme Rocha (Produtor)

O processo de produção do curta foi um desafio a parte para mim, pois era a minha primeira vez atuando em um cargo voltado para a produção e eu não sabia como iria me sair longe da minha função de origem.

No final, eu acabei contando com a ajuda de uma equipe incrível e que fez todo esse processo de produção fluir tranquilamente e sem nenhum tipo de problema.

Ter trabalhado na produção de “They” me ajudou bastante a sair da minha zona de conforto e fez com que eu aprendesse muitas coisas novas em um set.

Falando em equipe, dizem que a qualidade de um filme passa muito pela mão de uma boa equipe e em “They” isso se mostrou verdade.

Nós contamos com o talento, união e dedicação de todos os membros da equipe, além de um set com o melhor clima possível e nós podemos ver tudo isso refletido no resultado final do filme.

Eu com certeza fiquei extremamente encantado com o resultado final de “They”, mas não fico surpreso, porque eu já esperava que o filme seria tão bom quanto foi.

Se pegarmos uma boa história e a dermos na mão de pessoas talentosas e dedicadas, não existem dúvidas de que elas farão um filme incrível e “They” é a prova viva disso.

Produzir é um desafio gratificante

Créditos Finais

Todas as imagens utilizadas nesse artigo foram captadas por Ana Guzzo.

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Melissa Piroutek

Tradutora e cineasta formada em cinema pela Faculdade Anhembi Morumbi desde 2010. Apaixonada por cinema desde criança, sócio-proprietária, produtora, diretora e roteirista da produtora independente Best Team Productions.

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