Malcolm X foi um dos maiores líderes da luta pelos direitos civis dos afro-americanos no século XX.
Malcolm X lançado em 1992 e dirigido por Spike Lee, adaptou o livro “Autobiografia de Malcolm X”.
Protagonizado por Denzel Washington que foi indicado ao Oscar de Melhor Ator.
O filme conta a história de Malcolm X, desde sua infância, onde era chamado de Malcolm Little, até sua vida adulta como ativista pelos direitos civis dos afro-americanos.
O início e conversão
Malcolm nasceu em maio de 1925. Enquanto estava na barriga de sua mãe, sua família foi atacada por membros da Ku Klux Klan, o que os forçou a se mudarem.
Mas dois anos mais tarde, seu pai for morto em circunstâncias suspeitas, o que levou Malcolm a afirmar que seu pai foi vítima de um ataque de supremacistas brancos.
Com a família desestabilizada depois de sua mãe ser internada numa clínica psiquiátrica, Malcolm X passou por lares de adoção.
Recebeu educação formal e vislumbrou trilhar a carreira de advogado. Desencorajado por um professor que disse que ele não conseguiria por ser negro, ele deixou de tirar boas notas e rapidamente se encontrou marginalizado anos mais tarde.
No começo de sua vida adulta, Malcolm se envolveu com drogas, apostas, furtos e roubos. O resultado disso foi sua prisão, o que, a partir daí, mudou sua vida completamente.
Ainda na prisão ele foi apresentado ao Islã. Mais precisamente à Nação do Islã, uma organização religiosa que misturava a religião oriunda do oriente Médio com as particularidades dos cidadãos negros dos Estados Unidos.
Rapidamente Malcolm X ascendeu como um líder religioso. Foi nessa época que adotou o sobrenome “X” como uma forma de rejeitar seu sobrenome escravagista.
Ativista e líder
Cada vez mais conhecido, Malcolm X era rodeado por jornalistas a dar declarações sobre sua posições. Polêmico, aos poucos sua imagem pública foi construída pelo olhar racista da imprensa onde rapidamente o tacharam como violento e intolerante.
Isso por muito tempo prejudicou o meu julgamento sobre ele. Ao procurar conhecer mais sobre ele e depois de ter assistido o filme, isso foi sendo partido.
Inclusive ao final do filme, um discurso nos alerta sobre esse preconceito à imagem de Malcolm X.
Muitas vezes posto como um antagonista aos pensamentos de outro líderes negros da época, como por exemplo Dr. Martin Luther King Jr., essa rivalidade fictícia é constantemente aumentada para atender os mais diversos interesses.
Sobre a violência, o que Malcolm X defendia era que assim como o branco tem o direito de se defender contra a violência do pais, o negro também devia se armar para se defender contra atentados a sua própria vida.
O que mais me chamou atenção na vida de Malcolm X é sua linha de pensamento que vai se transformando ao longo dos anos.
Ele era muito coeso em suas declarações, mas conforme seus últimos anos chegavam, ele se aproximava de um esclarecimento maior sobre os pilares sociais e econômicos da sociedade norte americana.
O fim prematuro
Malcolm X alcançou vários inimigos durante seus anos de ativismo.
O mais proeminente, e acusado de acabar com sua vida, foi a Nação do Islã. Liderados por pessoas que viam na imagem de Malcolm uma ameaça, em fevereiro de 1965 alguns membros da organização religiosa alvejaram Malcolm na frente de uma multidão, inclusive de sua família.
Apesar da aparente certeza, o documentário Quem Matou Malcolm X (2020), traz novas perspectivas sobre esse acontecimento.
Créditos Finais
Mesmo depois de anos, Malcolm X é lembrado como um líder.
Figura importantíssima à luta pelos direitos civis dos negros, suas palavras ecoam, inspiram e impulsionam novos pensadores, movimentos artísticos e o pensamento crítico.
O filme Malcolm X está disponível no Prime Video e o documentário sobre seus momentos finais está na Netflix.
Assistam também o vídeo que fizemos sobre ele:
