As histórias de Laís Bodanzky

Laís Bodanzky é uma cineasta brasileira que nasceu na cidade de São Paulo e conquistou prêmios importantes durante sua trajetória. Além disso, também foi a responsável por apresentar ao mundo o talento de Rodrigo Santoro.

Caso queira conhecer um pouco mais sobre as obras dessa cineasta e a sua carreira no cinema nacional, basta continuar lendo!

Laís Bodanzky

Nascida dia 23 de setembro de 1969, Laís Bodanzky é filha do também cineasta Jorge Bodanzky. Antes de seguir carreira como diretora, Laís teve aulas de atuação com Antônio Fagundes.

Após formar-se em cinema pela Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), Laís começou sua carreira fazendo curtas-metragens, como Desliga Esse Troço (1993), e Bia Bai (1992), o qual co-dirigiu com o seu colega Edgard Galvão, obtendo reconhecimento e prêmios no Festival do Minuto de 1993.

No cinema, o seu primeiro curta-metragem foi em 1994, com Cartão Vermelho, com o qual recebeu uma série de prêmios. Incluindo o de Melhor Direção no FestRio94. Cerca de dois anos depois, Laís uniu-se a Luiz Bolognesi para desenvolver o Cine Mambembe.

Ambos viajaram pelo interior do país exibindo curtas nacionais em algumas praças públicas. A viagem forneceu material o suficiente para realizarem um documento, chamado Cine Mambembe – O Cinema Descobre o Brasil, que foi lançado em 1999.

O filme venceu uma série de prêmios nacionais e internacionais, incluindo o Prêmio de Melhor Filme Internacional de Vanguarda no Festival Internacional do Cinema Latino-Americano de Nova York e o prêmio de Melhor Documentário no Grande Prêmio de Cinema Brasil.

Estreia no cinema

Foi o ator Paulo Autran que indicou Santoro à diretora Laís Bodanzky.

Por volta de 2001, a cineasta fez sua estreia em longas-metragens com o filme Bicho de Sete Cabeças. Foi graças a essa obra que Laís passou a ter mais reconhecimento e conquistar tanto a crítica quanto o público.

O filme não só recebeu diversos prêmios, como também entrou para a lista dos 100 melhores filmes brasileiros de todos os tempos.

Já o seu quarto longa, Como Nossos Pais, teve a première no 67º Festival de Berlim (Panorama Special) de 2017. A trama que aborda debates feministas recebeu uma indicação ao prêmio Teddy.

Além disso, também recebeu ótimas críticas na mídia internacional especializada. Durante aquele ano, esse foi o filme brasileiro mais premiado aqui no país. Mas, a cineasta tem em sua filmografia outros grandes sucessos.

Como por exemplo, Chega de Saudade (2007), uma coprodução com a França – Canal Arte, e o estreante do Festival de Roma As Melhores Coisas do Mundo de 2010. A cineasta tornou-se sócia do também cineasta e seu marido, Luiz Bolognesi, na produtora Buriti Filmes.

Durante cerca de 15 anos, a cineasta coordenou os projetos sociais Tela Brasil de ensino e exibição de filmes nas periferias do país. Foi a responsável por fermentar a indústria de cinema no Brasil e levar inúmeras pessoas às salas de cinema, sendo que era a primeira vez para a maioria.

Por volta de fevereiro de 2019, Laís foi anunciada como a nova presidente do Spcine, uma empresa de cinema e audiovisual de São Paulo, iniciativa da Prefeitura de São Paulo com foco no desenvolvimento dos setores de cinema.

Mas, em 2021, a diretora deixou sua ocupação no cargo que ocupava até então na empresa.

Melhores filmes de Laís Bodanzky

Os filmes de Laís Bodanzky tem como foco principal tramas e histórias sobre a relação entre as pessoas. A cineasta consegue aproximar os seus personagens dos espectadores, por meio de dramas universais, vícios em diferentes períodos da vida e, de modo individual.

Apesar de ter dirigido muitos documentos e curtas, a cineasta também realizou alguns filmes ficcionais, que aborda temas do dia a dia. Confira logo abaixo algumas das principais obras da diretora.

Bicho de Sete Cabeças (2000)

Seu Wilson e seu filho, Neto, têm uma relação difícil com uma espécie de vazio entre eles que aumenta cada vez mais. Pois, Seu Wilson despreza o mundo de Neto, enquanto este não suporta a presença do pai.

A situação entre os dois chega em seu limite, até que Neto é enviado para um manicômio, onde terá que suportar as agruras de um sistema que, aos poucos, devora suas presas.

Como Nossos Pais (2017)

Rosa é uma mulher de 38 anos que se encontra em uma fase peculiar de sua vida, marcada por uma série de conflitos pessoais. Isso porque, ela precisa desenvolver sua habilidade como mãe de suas filhas.

Mas também precisa manter seus sonhos, seus objetivos profissionais e enfrentar as dificuldades do casamento. Além disso, Rosa também continua sendo filha de sua mãe, Clarice, com quem tem uma relação cheia de conflitos.

As Melhores Coisas do Mundo (2010)

Mano é um adolescente de 15 anos que tenta aprender a tocar guitarra com Marcelo, pois deseja chamar a atenção de uma garota.

Porém, os seus pais, Camila e Horácio, estão em processo de divórcio, o que afeta tanto ele quanto seu irmão mais velho, Pedro. Sua melhor amiga e confidente é Carol, que gosta de seu professor, Artur.

Sendo assim, em meio a estas situações, Mano precisa lidar com os colegas de escola em momentos de diversão e outros mais sérios, típicos da adolescência nos dias de hoje.

Pedro (2021)

Em 1831, durante a travessia do Atlântico em uma fragata inglesa rumo à Europa, Pedro, o ex-imperador do Brasil, está em uma busca interna de forças físicas e emocionais para enfrentar seu irmão que usurpou seu reino em Portugal.

Diante desse cenário, Pedro se vê doente e inseguro. Sendo assim, ele decide entrar na embarcação em busca de um lugar e uma pátria, mas principalmente, em busca de si mesmo.  

Ex-Pajé (2018)

Um pajé passa a questionar sua fé depois de seu primeiro contato com os brancos, que alegam que sua religião é demoníaca. No entanto, a missão evangelizadora comandada por um pastor intolerante é questionada após a morte que passa a rondar a aldeia.

Nesse momento a sensibilidade do índio em relação aos espíritos da floresta se mostra indispensável para lidar com essa situação.

Créditos Finais

Como você pôde ver, Laís Bodanzky é uma cineasta brasileira que ganhou mérito e reconhecimento tanto em solos nacionais quanto internacionais. Suas histórias, que são capazes de aproximar os espectadores dos personagens, retratam dramas universais que são sentimentos individuais.

Você já conhecia os trabalhos dessa talentosa diretora? Qual sua opinião sobre eles? Compartilhe conosco o seu comentário e não esqueça de enviar esse conteúdo para os seus amigos que gostam de cinema nacional!

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