Quem não lembra da icônica cena do Gene Kelly dançando na chuva cujo único par era apenas um guarda chuvas?
Cantando na Chuva, sem dúvida, é um dos filmes musicais mais prestigiados de todos os tempos.
Entretanto, Gene não foi responsável somente por atuar na cena, como também foi o responsável por coreografar os passos do filme, além de ter sido o diretor que criou e escolheu as melhores tomadas para a cena em questão.
Desse modo, Kelly é amplamente conhecido por ter trabalhado tanto na frente quanto por trás das câmeras, sendo um ator, dançarino, diretor, produtor, roteirista e coreógrafo.
Para conhecer um pouco mais sobre a vida e brilhante carreira do dançarino, continue lendo esse conteúdo!
Os primeiros passos de Gene Kelly
Eugene Curran Kelly, nasceu no dia 23 de agosto de 1912 e cresceu em um bairro de classe trabalhadora em Pittsburgh, Pensilvânia.
Kelly aprendeu a dançar desde pequeno, enquanto seus amigos jogavam beisebol, ele estava tendo aulas de dança, incentivado por sua mãe, que também matriculou os seus outros quatro irmãos no mesmo curso.
Durante uma grande crise econômica que ocorreu em 1920, Kelly usou bem as lições que aprendeu no curso de dança, ensinando em um estúdio local para ajudá-lo a pagar por sua educação.
Kelly também se apresentou com seu irmão, Fred, em alguns espetáculos teatrais.
O rapaz acabou decidindo seguir carreira como dançarino e coreógrafo, inclusive, chegou a viajar até Nova York.
Entretanto, a sua primeira tentativa foi completamente infrutífera.
Gene somente conseguiria alcançar o seu objetivo alguns anos mais tarde.
Por volta de 1930, quando começou a sua carreira na Broadway em Nova York, interpretando pequenos papéis em Leave It to Me! estrelando Mary Martin.
Já em 1940, Kelly desempenhou o papel principal na popular comédia musical, Pal Joey.
O executivo da MGM, Louis B. Mayer, após vislumbrar a performance brilhante de Kelly, ofereceu a ele um contrato de filme com seu estúdio.
O início de sua carreira
No ano seguinte, Kelly mudou-se para Hollywood e, em meados de 1942, o rapaz estreou no cinema ao lado de Judy Garland em seu primeiro sucesso Idílio em Dó-Ré-Mi.
Em 1943, Kelly teve a oportunidade de dançar a sua própria coreografia no filme A Filha do Comandante.
Dois anos depois, o estúdio da MGM lhe concedeu outra oportunidade para realizar as suas coreografias no musical Marujos do Amor, ao lado de Frank Sinatra e Kathryn Grayson.
Esse filme foi um grande sucesso e rendeu ao dançarino uma indicação ao Oscar, na categoria de melhor ator.
Assim sendo, de rapaz desconhecido de Pittsburgh, Kelly passou a ser uma das figuras mais notáveis do cinema.
Do anonimato ao estrelato
O filme Sinfonia de Paris de 1951, venceu em seis categorias no Oscar.
Além disso, o filme trouxe para Kelly um Oscar honorário por sua “versatilidade como ator, cantor, diretor, e dançarino, e especialmente por sua brilhante contribuição à arte da coreografia no cinema”, segundo as próprias palavras da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas.
No ano seguinte, estrelou o seu grande sucesso, pelo qual será sempre lembrado, o clássico Cantando na Chuva, de 1952.
Além de ter sido o protagonista do filme, Kelly também dividiu a direção com Stanley Donen, e foi o responsável pela coreografia das cenas.
Assim sendo, Kelly foi o maior responsável pelo sucesso alcançado da obra.
Segundo o próprio ator, a inesquecível cena do guarda-chuva foi inspirada no modo como as crianças brincam sob a chuva de forma completamente espontânea e divertida.
Após o estrondoso sucesso de Cantando na Chuva, Kelly passou cerca de dezoito meses na Europa, onde realizou o filme Convite à Dança, no qual foi responsável pela direção e coreografia.
Ao voltar para os Estados Unidos, Kelly realizou alguns outro filmes bem sucedidos.
No entanto, em 1980, o seu trabalho sofreu um certo declínio.
Sua última aparição no cinema foi em Xanadu, ao lado de Olivia Newton-John, além de marcar presença em programas de televisão, representando papéis secundários e como ele mesmo.
Por volta de 1994 e 1996, Gene Kelly sofreu alguns derrames que o deixaram debilitado.
Após sofrer mais um AVC, Kelly veio a falecer no dia 2 de fevereiro de 1996, aos 83 anos de idade, deixando como o seu legado 59 filmes, 8 peças teatrais e alguns trabalhos televisivos.
Gene Kelly e as principais obras de sua carreira
Comumente comparado com outros famosos dançarinos do cinema, incluindo Fred Astaire. Kelly, por sua vez, possuía o seu próprio estilo inconfundível e reverenciado.
O principal tema abordado em seus filmes era sempre musical, as vezes pendendo também para uma comédia e romance.
Mas, Kelly focava-se sempre nas coreografias, buscando trazer realismo para as telas, apresentando-se geralmente com roupas comuns e ambientes presentes em nosso cotidiano.
Além disso, Kelly sempre buscava apresentar números de coreografias cada vez mais inovadores e entusiasmados, chegando a ultrapassar todas as barreiras do gêneros.
Juntamente com Fred Astaire e Bob Fosse, Gene Kelly foi capaz de conduzir o gênero musical para um novo nível na arte cinematográfica.
E, devido a grande importância que exerceu para o gênero, além de sua influência e talento inegável, será para sempre lembrado como um dos maiores e mais importantes artistas de Hollywood.
Principais Filmes
1. Cantando na Chuva (1952): Don Lockwood e Lina Lamont são duas estrelas extremamente famosas do cinema mudo em Hollywood. Inclusive, muitos apostam que exista um relacionamento mais íntimo entre ambos, o que não existe. Todavia, a vida dos astros muda completamente com a chegada do cinema falado. Don e Lina são contratados para atuar em um musical juntos. Entretanto, ambos precisam superar os obstáculos do novo método de fazer filmes para manter a fama adquirida.
2. Um Dia em Nova York (1949): Três jovens marinheiros, Gabey, Ozzie e Chip recebem um dia de folga em Nova York. Assim sendo, Gabey deseja encontrar o amor de sua vida, Ozzie pretende viver muitas aventuras e Chip quer conhecer melhor a cidade.
3. Dançando nas Nuvens (1955): Após voltarem para casa depois do fim da Segunda Guerra Mundial, um grupo de três soldados encontram-se em um bar de Nova York, onde combinam de se reencontrarem nesse mesmo bar dez anos depois. Quando o tempo chega, os três soldados se encontram novamente, conforme o combinado. Todavia, percebem que possuem pouca coisa comum.
4. Era Uma Vez em Hollywood (1974): Um compilado com grandes estrelas da Metro-Goldwyn-Mayer, apresentando os seus trechos favoritos de musicais no aniversário de 50 anos do estúdio.
5. Alô, Dolly (1969): Barbara Streisand é encantadora Dolly Levi é uma socialite viúva que decidiu se tornar casamenteira. Dolly viaja com o intuito de fazer com que um comerciante rico se interesse por sua chapeleira. Ao encontrar o homem, ele pede a Dolly que mantenha sua sobrinha afastada de um artista, embora ambos estejam apaixonados. Dolly, por sua vez, não só decide manter os dois juntos, como também decide conquistar o comerciante para si mesma.
Créditos Finais
Gene Kelly, um rapaz de Pittsburgh com boa aparência, um porte atlético, estilo vital e enérgico, não demorou para ganhar o coração de Hollywood e do mundo todo.
Todavia, o que mais chamava atenção para o jovem rapaz, era o seu talento e carisma, responsáveis por fazer com que ele rapidamente se tornasse um grande artista.
Ao passo que ganhou até mesmo a sua própria estrela na calçada da fama.
Cantando na Chuva é, sem dúvida, um dos melhores filmes do gênero musical, no entanto, o seu enorme sucesso é graças ao Kelly, o exímio dançarino responsável por atuar, dirigir e coreografar no filme.
De fato, Kelly e as suas obras jamais serão esquecidas, sendo homenageados até os dias atuais!
Por fim, você gosta de musicais? Qual desses grandes clássicos é o seu favorito? Conte nos comentários!
