Crítica | “Super Mario Bros. – O Filme” é excelente!

Super Mario Bros. – O Filme encanta as diferentes gerações de fãs dos irmãos. Desde os mais velhos até os mais pequenos, todos vão poder aproveitar a nostalgia de ver nossos velhos (ou novos) amigos na telona.

A produção está à altura do sucesso da franquia de videogames mais famosa (e rentável) da história. É um filme leve, coerente e divertido, sem ser chato.

Na crítica (sem spoilers) de hoje falo sobre como um bom “arroz com feijão” ainda é essencial, além do grande trunfo que o filme teve.

Super Marios Bros, o filme que estávamos esperando

Um encanador chamado Mario viaja por um labirinto subterrâneo com seu irmão, Luigi, tentando salvar uma princesa capturada.

Pare o que estiver fazendo agora e vá para o cinema assistir Mario!

Não é exagero dizer que será uma das melhores animações do ano (junto com Homem-Aranha) e que estará nas principais premiações de 2024.

Desde o design dos personagens, até a justificativa da história, tudo foi pensado em ser o mais expressivo e simples possível. Isso, claro, é o resultado de uma excelente pré-produção, além da escolha das pessoas certas.

Começando pelo estúdio. A Nintendo foi muito feliz em se aliar com a Illumination Entertainment, empresa produtora de cinema responsável por Meu Malvado Favorito, Minions, Sing, etc.

A Illumination tem o know-how de como fazer animações cativantes e de sucesso. Não que, por exemplo, a Pixar não tenha, mas eu não vejo a Disney dando destaque para um personagem que não seja dela.

O roteiro e os personagens

Super Mario Bros. – O Filme foi escrito por Matthew Fogel, roteirista acostumado com animações. Ele escreveu Minions 2: A Origem de Gru e contribuiu para a história de Uma Aventura Lego 2.

O roteiro é coerente. Mesmo sendo uma animação para toda a família que envolve magia e uma forte suspensão de descrença, a verossimilhança deixa tudo mais palatável. Ou seja, as justificativas para a história se mover para frente são rapidamente aceitas pela nossa mente e o resultado disso é um fluxo no mergulho da história.

Apesar disto ser um conceito básico, várias adaptações não se atentam à este importante pilar do roteiro.

Escrever este filme poderia até parecer fácil, justamente pela quantidade de obras predecessoras, mas isso na verdade foi um desafio enorme. Tanto é que jogos e personagens ficaram de fora ou não ganharam seu devido destaque. Mas isso em nada diminui a força do filme.

Quem jogou os games aproveita mais, mas mesmo quem não está familiarizado com a franquia vai se divertir.

Isso porque os personagens são cativantes. Pode parecer clichê, mas resumir os personagens em poucas linhas causa conexão com o público. Isto e a pluralidade de personalidades.

  • Mario, por exemplo, é um jovem adulto sonhador que sente a pressão de já ter conquistado algo na vida;
  • Luigi é o irmão mais novo que compra os sonhos do irmão mas não tem tanta opinião própria;
  • Peach é uma jovem princesa que não se contenta só com a liturgia da corte;
  • E Bowser é o líder de um reino bélico que fica dividido entre seus sentimentos e o estereótipo de chefe supremo.

Todos vão se identificar com estes ou outros personagens, ou gostar mais de um do que outro, mas todo mundo vai se conectar com a história.

A direção e a montagem

Gostei demais da autoconfiança e maturidade da Princesa Peach.

Os diretores Aaron Horvath e Michael Jelenic são produtores experientes de animação. Juntos produziram a série animada Os Jovens Titãs em Ação! e o filme Os Jovens Titãs em Ação! Nos Cinemas. Além de trabalhos separados em uma longa lista em suas carreiras.

Tudo isso deu segurança para que eles pudessem costurar as infinitas referências de Mario no filme, de forma coerente. Nada nesse filme é jogado, tudo serve para se conectar com a nostalgia ao mesmo tempo que movimenta a história.

Além disso, a montagem das cenas não deixa a peteca cair. Mesmo quando Mario contempla uma linda paisagem, muda para uma cena carregada no núcleo vilanesco. Nossa atenção a todo tempo é requistada, o que não deixa o longa entediante.

Um detalhe que GOSTEI DEMAIS nesse filme. Ao assistir eu não conseguia não ficar deslumbrado com as paisagens do Reino dos Cogumelos (com todos os cenários na real) e eu fiquei MUITO FELIZ ao perceber que Mario também viajava olhando o novo mundo. Inclusive, alguma coisa sempre cobrava sua atenção e ele voltava para a “realidade”.

Conclusão

Os créditos finais são uma alegria a parte. Dando ainda mais visibilidade para as músicas que arrepiam, os nomes dos dubladores brasileiros aparecem mostrando um máximo respeito pelo trabalho dos atores e atrizes.

Mesmo depois de muito refletir, não achei um único defeito (aparente) que possa estragar a experiência de Super Mario Bros. – O Filme.

Parecendo fã (e sou mesmo) e “clubista”, para mim Mario Bros. é um dos melhores filmes do ano, falo com tranquilidade.

NOTA: 5 / 5 Excelente

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Albert Hipolito

Criador do Por Dentro da Tela. É Radialista e nas produções cinematográficas sempre está envolvido na arte. Tem em Pokémon e em Star Wars suas lembranças vivas da infância.

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