Visions é melhor que Star Wars

Com o recente lançamento de Star Wars Visions podemos chegar à conclusão que todo o cansaço e a frustração perante a franquia podem ser rompidos pela criatividade.

Agora que, oficialmente, não existe um cânone em Star Wars. 1) porque o alto executivo da Lucasfilm debochou sobre o cânone da saga; 2) a nova trilogia mostrou para o público o que George Lucas já sabia, a nova história é ruim.

Então para mim Visions é #oficial #real #canon, e para você pode ser também 😉

Eu tomei um distanciamento da franquia, depois desses dois pontos que levantei (ou melhor, que outros levantaram), mas não quer dizer que eu não aprecie coisa boas quando aparecem.

Aparentemente essa fetichização do cânone de Star Wars não é só dos fãs, já que para jogarem seguros, os subprodutos (quase) sempre ficam ligados à saga do cinema (jogos de vídeo game, livros, quadrinhos).

Isso acontece de certa forma em Visions, mas é muito mais saudável. Essa relação está para situar o espectador na linha temporal, mas a liberdade empregada na história e, principalmente, nos personagens deu certo!

Deu mais certo do que a nova trilogia, onde insistiram nos personagens clássicos e numa fórmula já conhecida.

Sabe quem sofre com uma fórmula já conhecida? A Marvel. Como seria interessante ter visões (no sentido de uma antologia e não do super herói) diferentes sobre o Universo Cinematográfico da Marvel.

É claro que isso nos trouxe Guerra Infinita e Ultimato (que eu considero bons), mas a fadiga que sinto em relação à obrigação de assistir TUDO da Marvel, para “entender” o vindouro Vingadores 5, poderia ser superada por uma antologia do UCM (ainda não sei se What if…? conseguiu esse feito).

Nesse sentido, a concepção da Warner para os personagens da DC no cinema fica mais interessante (mas não deixa de ser uma maçaroca de filmes, especulações e fanfics).

O episódio 8 é uma lindeza!

Voltando para Star Wars Visions, todos os episódios me soaram interessantes. Foi um exercício matar o pensamento “mas isso não pode acontecer por causa disso…”.

Particularmente, Lop & Ochô foi o que mais gostei. No sentido de visual, a animação é perfeita, e sobre a história e a relação entre os personagens que foram bem escritas.

Uma relação que pode ser facilmente escalada a debater, por exemplo, como famílias são feitas, que laços de sangue não significam nada; essa ideia, entretanto, não pode ser construída sob a frase “meu sobrenome é Skywalker”.

É preciso criatividade e respeito aos fãs, já que somos nós que fazemos acontecer. Mas enquanto você (e eu) continuarmos aplaudindo um beijo totalmente anticlimático entre a heroína e o vilão (spoiler de Star Wars IX rsrsrsrs) vão continuar nos empurrando coisas tolas.

*se você quer saber mais sobre meu ponto em relação à Marvel, ouça esse podcast sobre o filme The Green Knight onde (também) discutimos esse assunto.

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Albert Hipolito

Criador do Por Dentro da Tela. É Radialista e nas produções cinematográficas sempre está envolvido na arte. Tem em Pokémon e em Star Wars suas lembranças vivas da infância.

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