Sergei Bondarchuk foi um ator e cineasta soviético, considerado como uma das principais figuras do cinema russo.
O cineasta tornou-se amplamente conhecido por seus dramas de guerra.
Incluindo a sua adaptação épica e amplamente aclamada de 4 partes: Guerra e Paz, de Tolstói.
Além de dirigir essa grande obra prima do cinema, Bondarchuk também viveu o personagem principal, Pierre Bezukhov, e acabou ganhando o Oscar e Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro, além de diversos outros prêmios.
Portanto, caso queira conhecer mais sobre a história desse grande cineasta e as suas obras atemporais, continue lendo!
O início da carreira de Sergei Bondarchuk
Sergei Fedorovich Bondarchuk nasceu no dia 25 de Setembro de 1920 na região de Odessa, localizada em uma aldeia chamada Belozerka.
Fyodor Petrovich, pai de Sergei, queria que o filho estudasse engenharia, porém, Sergei possuía interesse por teatro e estava decidido a seguir carreira como um artista.
Assim sendo, em meados de 1937, ele iniciou o seu trabalho como ator e ingressou na escola de Teatro Rostov.
Todavia, quando a guerra eclodiu no país, o mesmo fora convocado para o Exército Vermelho.
Assim sendo, por volta de 1941, Sergei trabalhou como ator no Teatro do Exército Vermelho, na cidade de Grozny.
Já em 1946, Sergei condecorou-se com honras por sua coragem durante as batalhas.
Dois anos mais tarde, Sergei Bondarchuk realizou a sua primeira estreia no cinema como ator, fazendo uma participação no filme A Jovem Guarda, dirigido por Sergei Gerasimov.
E em 1952, o ator recebeu o Prêmio do Estado por seu papel no filme Taras Shevchenko.
Além disso, por volta dos 32 anos, Sergei Bondarchuk acabou se tornando o ator soviético mais jovem a receber o título de Artista do Povo da URSS.
Quatro anos mais tarde, ele estrelou em Otelo, O Mouro de Veneza, juntamente com Irina Skobtseva, que alguns tempo depois se tornaria a sua esposa.
Em meados de 1959, Sergei decidiu começar a sua carreira por trás das câmeras, trabalhando como diretor.
Desse modo, Sergei estreou na direção com um filme de drama e guerra, O Destino de um Homem, baseado no conto homônimo de Mikhail Sholokhov.
O filme chamou a atenção dos críticos para o talento do cineasta, que recebeu por sua obra o Grand Prix no 1º Festival Internacional de Cinema de Moscou.
O estrondoso sucesso de Guerra e Paz
No entanto, o cineasta alcançaria o sucesso e reconhecimento mundial em 1968, com o lançamento de seu próximo filme, Guerra e Paz, uma adaptação de Tolstói.
Dentre tantos outros diretores, Sergei Bondarchuk foi o escolhido para dirigir a superprodução do filme, que seria o filme mais caro já produzido na União Soviética.
Assim sendo, o Exército Russo concedeu inúmeros solados, mais de 900 cavalos e milhares de veículos, tanto terrestres quanto aéreos, para fazer as cenas de batalha.
A obra de Sergei levou cerca de 6 anos para ser concluída e foi dividida em 4 partes, totalizando mais de sete horas de filme.
Após o seu lançamento, o filme foi um estrondoso sucesso de público e crítica, atraindo mais de 135 milhões de espectadores.
O cineasta obteve o reconhecimento internacional e recebeu diversos prêmios, tais como o Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, o Grand Prix do Festival de Moscou e o Globo de Ouro de Melhor Filme Estrangeiro.
A partir daí, a carreira do diretor começou a evoluir em nível internacional.
Pois, em 1970 dirigiu o seu primeiro filme em idioma inglês, Waterloo, que apesar de ter falhado na bilheteria, obteve uma crítica positiva, em principal por suas cenas de guerra épicas.
Cerca de três anos mais tarde, o cineasta recebeu uma nomeação como presidente do júri no 8º Festival Internacional de Cinema de Moscou.
Assim sendo, o diretor continuou realizando grandes obras para o cinema, que anos depois se tornariam clássicos atemporais, incluindo o Eles Lutaram pela Pátria.
Em 1994, Sergei Bondarchuk faleceu no dia 20 de outubro, aos 74 anos de idade, após sofrer um ataque cardíaco.
Um ano depois, recebeu uma condecoração póstuma com um Diploma de Honra por sua contribuição ao cinema no 19° Festival Internacional de Cinema de Moscou.
As tramas épicas e emocionantes de Sergei Bondarchuk
O cineasta russo tornou-se mundialmente conhecido e aclamado por suas obras épicas que, em sua grande maioria, retratam de forma detalhada os horrores da guerra.
Além disso, o cineasta também gosta de abordar temas mais dramáticos.
De fato, as obras de Sergei Bondarchuk são capazes de impressionar e cativar o espectador devido às suas tramas bem desenvolvidas e repletas de emoção.
Principais filmes do cineasta
Assim sendo, conheça alguns dos trabalhos mais notáveis do cineasta!
Guerra e Paz (1967)
Durante o início do século 19, as tropas de Napoleão Bonaparte estão cada vez mais próximas da fronteira, com objetivos expansionistas, trazendo guerra para os solos russos.
Mas, além disso, uma história de amor se desenvolve entre o casado Conde Pierre Bezukhov e a Condessa Natasha Rostova.
Eles Lutaram Pela Pátria (1975)
Durante a Segunda Guerra Mundial, o Exército Russo possui a tarefa de proteger a ponte de Don contra os avanços dos inimigo alemães.
O Destino de um Homem (1959)
Andrey Sokolov é um cidadão soviético que foi capturado pelos nazistas.
Assim sendo, a única coisa que ainda o mantém vivo entre tanto sofrimento é a sua esperança de um dia reencontrar a sua família.
Todavia, após ser libertado, ele descobre que sua esposa e filha morreram durante um bombardeio em sua aldeia e, além disso, o seu único filho também morreu lutando.
Waterloo (1970)
Após sua libertação, Napoleão Bonaparte retorna ao comando das forças armadas francesas, partindo rumo à uma batalha decisiva contra as tropas inglesas e prussianas em Waterloo.
México em Chamas (1982)
Esse é o primeiro filme de duas partes sobre a vida e carreira de John Reed, um jornalista comunista revolucionário.
Créditos Finais
Sergei Bondarchuk é um dos maiores, senão o maior cineasta russo de todos os tempos
É inegável que o mesmo possuía bastante talento, tanto na frente das câmeras como ator, quanto por trás delas como diretor.
O cineasta entrou para a história do cinema ao fazer uma obra tão épica que jamais seria esquecida, pelo contrário, iria se tornar um clássico extremamente cultuado.
Por fim, você já conhecia algumas dessas obras espetaculares do cineasta? Qual é a sua opinião sobre elas? Deixe o seu comentário!