Por Dentro da Tela

Por que Pânico é bom? (Vale a pena?)

O recém-lançado Pânico é bom? Vale a pena assistir os outros filmes da franquia?

No texto de hoje analisei a franquia como um todo e o porquê dos filmes não serem enfadonhos.

A “fórmula” de Pânico

Lançado dia 13 desse mês, o filme Pânico na verdade é o quinto filme de uma franquia que iniciou na década de 90.

Motivado pela saturação dos filmes slasher, o roteirista Kevin Williamson escreveu uma nova história dentro do gênero mas se utilizando de outros filmes.

Em Pânico de 1996 “um grupo de jovens enfrenta um assassino mascarado que testa seus conhecimentos sobre filmes de terror”.

O grande trunfo do filme foi justamente utilizar da metalinguagem para criar sua própria mitologia.

A metalinguagem na franquia Pânico não é uma novidade no cinema. Vários outros filmes usam esse recurso para contar suas histórias.

Afinal, esse é o propósito da metalinguagem, usar uma linguagem já conhecida (nesse caso a cinematográfica) para falar ou analisar ela mesma. Esse recurso pode acontecer em qualquer expressão de arte: na literatura, na pintura, etc.

Mas os créditos da criação não vão somente para o roteirista, mas também para o diretor que foi essencial para a franquia: Wes Craven.

Wes Craven e seu legado em Pânico

Wes Craven foi um dos grandes nomes dos filmes de terror.

Wes Craven iniciou sua carreira em 1972 produzindo um filme chamado Aniversário Macabro.

A obra foi muito criticada na época por sua violência explicita, mas chamou atenção para o trabalho de Craven que começou a dirigir e escrever filmes no gênero de terror e horror.

Por sua extensa carreira, ele é considerado como um dos grandes nomes de filme de gênero. Ele dizia que é preciso equilibrar tensão com sustos para criar um bom filme de terror.

Na onda de filmes slasher, Wes Craven criou na década de 80 um dos personagens mais famosos do cinema: Freddy Krueger.

Em A Hora do Pesadelo, Craven traz inovações nas construção de um vilão.

O filme foi um sucesso, o estúdio o transformou em franquia e fatalmente acabou caindo nos clichês de sequências que o público já estava acostumado.

Toda essa explicação sobre a trajetória de Wes Craven é essencial para entender a motivação e a inspiração para a criação de Pânico.

A franquia começa citando outros filmes e em suas sequências utiliza uma metalinguagem de um filme baseado nos acontecimentos da história que serve também como crítica à própria história.

É por isso que, na minha opinião, Pânico não cai na mesmice, porque consegue fazer com que nossas reações automáticas à clichês sejam justificas, ou criticadas, pelo próprio filme que estamos vendo.

E isso acontece de maneira autêntica no filme desse ano.

Créditos Finais

De todos da franquia, o que eu menos gosto é do filme quatro. Ele se conecta aos outros filmes, mas para mim fiquei com a sensação de que a história ficou avulsa na franquia.

Para você que não sabe, Wes Craven faleceu em 2015, então o recente Pânico é dirigido por Matt Bettinelli-Opin e Tyler Gillett, que homenagearam e dedicaram a obra a Wes Craven.

Pânico é um filme de fãs do terror para fãs do terror!

Agora quero saber de você qual seu filme de terror favorito? Melhor dizendo, qual seu filme da franquia Pânico favorito? Deixe nos comentários!


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