One Punch Man é de longe uma das propostas que vai de encontro ao que estamos acostumados a ver em histórias de super-heróis.
Ao brincar com a possibilidade de existir uma pessoa capaz de derrotar qualquer inimigo com apenas um soco, o mangaká One tira o foco da narrativa no desenvolvimento do herói e mostra como os personagens e a sociedade se comportam diante deste fato.
Para mim, existe um ponto em comum entre o anime e a trilogia de M. Night Shyamalan.
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A seguir, esse texto terá spoilers sobre o filme Vidro.
As visões sobre super heróis
No universo de One Punch Man existem muitos heróis poderosos, capazes de destruir cidades e dominar a humanidade. O que me fez perguntar: por que eles não fazem isso?
A resposta pode parecer simples: porque eles não são vilões.
Infelizmente essa dicotomia é respeitada no anime e não há o papel do anti-herói na narrativa. Pelo menos não que eu tenha assistido, pode ser que tenha acontecido no mangá.
Essa questão se estende a todos os super-heróis. Se quisessem, poderiam facilmente dominar a humanidade ou serem donos de seus próprios territórios.
O fato é que o ser humano comum seria subjugado e sairia do protagonismo da história da humanidade.
E se o Superman chegasse à conclusão que o melhor para governar a humanidade fosse ele mesmo? E isso acontece nas HQs de Injustiça.
Para mim o único que pensa nestas questões é o diretor Shyamalan.
Criador de Corpo Fechado, Fragmentado e Vidro, Shyamalan revela o maior medo da sociedade diante dos super seres.
Não importa que David Dunn fosse um herói, sua existência poderia desequilibrar a balança dos seres comuns e trazer o caos para a humanidade.
É por isso que a organização secreta, representada pela doutora Ellie, extermina os super seres não se importando com suas intenções.
Como a sociedade quer todo mundo na média, ela faz questão de controlar os que se destacam e isso acontece em One Punch Man.
Existe uma associação de heróis chefiada por humanos comuns que distribuem as missões aos heróis e são responsáveis por ranqueá-los.
Se isso não é uma clara demonstração da necessidade de controlar e da completa ignorância diante do extraordinário, eu não sei o que é.
Créditos Finais
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