Essa discussão iniciada por Martin Scorsese no ano passado onde ele fez duras críticas ao cinema da Marvel, trouxe essa questão que aparentemente é fácil de responder.
A fonte principal desse vídeo é o livro O Cinema vai ao Cinema do Fábio Frazão.
O autor fala das sete definições do cinema, mas para o artigo de hoje vamos nos reter em duas definições: como indústria e como linguagem.
Mergulhando nas definições
Fazer filmes hoje é um negócio muito rentável, principalmente quando se trata dos filmes com a temática de super-heróis.
E desde as primeiras décadas da história do cinema se discute se filmes comerciais são considerados arte.
Nos dias de hoje é inegável que obras comerciais acabam recebendo mais destaque nas salas de cinema, ou seja, sua distribuição é muito mais agressiva.
Em contrapartida, outros filmes não comercias, na verdade todo filme visa o lucro, são prejudicados nesse sistema.
A linguagem do cinema é a característica que todo filme possui em comunicar uma mensagem.
Utilizando as camadas que compõe uma obra mais seu universo particular de símbolos e como apresentá-los em tela, o cinema inegavelmente tem uma lógica própria compreendida em todo o mundo.
As críticas de Scorsese se resumem nestes dois aspectos.
Na distribuição é inegável que filmes que possuem mais dinheiro investido vão passar mais tempo em exibição.
Felizmente as plataformas de streaming estão se popularizando e facilitando que outros filmes possam ser descobertos pela audiência.
Sobre a visão artística de um individuo sobre a obra, o que Scorsese afirma que o Estúdio Marvel suprime de seus diretores, esses filmes ainda se comunicam.
Talvez de uma maneira mais simples, ou então não tão profunda como o próprio Martin diz, mesmo assim passam uma mensagem.
Créditos Finais
Para mim não devemos combater os filmes blockbusters, até porque deles saíram grandes obras cinematográficas, mas despertar e aumentar o senso crítico dos espectadores.
Assista o vídeo que fizemos sobre esse assunto.