O fantástico cinema de Guillermo del Toro

Histórias assustadoras e fantasiosas são a marca registrada do cineasta, roteirista e produtor Guillermo del Toro.

Sem dúvida, o diretor ficou amplamente conhecido por uma geração devido aos seres mágicos de suas obras para lá de surreais.

Capazes de despertar em seus telespectadores os mais variados tipos de sensações, desde o fascínio e emoção, até mesmo o horror.

Afinal, não é à toa que foi sido considerado como um dos maiores cineastas da atualidade, pois, ganhou a admiração tanto do público quanto da crítica.

Assim sendo, para conhecer um pouco sobre esse incrível e talentoso cineasta, continue lendo!

A infância de Guillermo del Toro

Guillermo del Toro nasceu no dia 9 de outubro de 1964, em Guadalajara, México.

Desde pequeno, del Toro nutre um crescente interesse e admiração por coisas estranhas e fora do comum.

Incluindo monstros e histórias fantásticas, das quais, mais tarde, faria com que os seus espectadores admirassem também por meio de suas obras fantásticas.

Del Toro cresceu em uma família bastante católica, sua mãe, Guadalupe, era uma poeta que gostava de ler cartas de tarot.

Enquanto o seu pai, Federico, foi um empreendedor que possuía uma rede de lojas de automóveis.

Federico queria que o filho tocasse o negócio da família, porém, Guillermo não tinha quaisquer interesse, pois, queria fazer aquilo que gostava.

E o que o del Toro gostava era de se fantasiar de monstro para pregar peças em sua irmã mais nova, desenhar, gravar vídeos e criar monstros usando massinha de modelar.

Em sua adolescência, del Toro foi influenciado por grandes cineastas da época.

Tais como George A. Romero, Alfred Hitchcock e Mario Bava, o italiano que iniciou o gênero de filmes giallo, mais tarde se popularizando como slasher.

Aos 13 anos de idade, realizou o seu primeiro filme no colégio onde estudava, com uma câmera super 8 que o seu professor emprestou.

O filme foi apresentado no festival de talentos da escola, tinha apenas 8 minutos de duração e se chamava “Pesadelo 1”, que foi bastante elogiado.

Esse foi o primeiro passo para que o cineasta tomasse gosto por aquilo.

Assim sendo, Guillermo del Toro começou a fazer pequenos curta metragens caseiros, estrelando a sua mãe em alguns deles.

Os pais do cineasta sempre apoiaram os seus sonhos e o incentivaram a seguir a sua vocação.

Primeiros passos em sua carreira

Ron Perlman em Cronos (1993). Guillermo del Toro começou a escrever o roteiro em 1984. Na época o filme se chamaria “Vampire of the Grey Dawn”.

Desse modo, del Toro frequentou o Centro de Pesquisa e Estudos Cinematográficos da Universidade de Guadalajara.

Após graduar-se, em meados de 1983, o cineasta publicou um ensaio sobre o filme Os Pássaros, de Hitchcock.

O cineasta aprendeu sobre efeitos especiais e maquiagem com Dick Smith, um maquiador de efeitos especiais de cinema que trabalhou em O Exorcista e outros filmes.

Alguns anos depois, del Toro fundou a sua própria companhia de maquiagem e efeitos especiais: a Necropsia.

Por volta de 1986, trabalhou como produtor executivo de seu primeiro filme, Doña Herlinda y su hijo.

Mas, somente em 1993 que lançou o seu primeiro longa metragem, Cronos.

O filme ganhou uma série de prêmios no México e acabou se tornando um sucesso também em solos estadunidenses, chamando a atenção dos irmãos Weinstein, fundadores da Miramax Films, uma produtora e distribuidora de filmes dos Estados Unidos.

Assim sendo, em meados de 1997, del Toro estreou em Hollywood com o seu filme Mutação.

A partir dessa obra que o cineasta passou a ser considerado como um diretor bem promissor.

Todavia, a experiência do cineasta com a produtora não foi tão agradável assim, e o mesmo já afirmou que esse quase foi o seu primeiro e último trabalho nos Estados Unidos.

Um pouco decepcionado, del Toro regressou ao México, onde fundou a produtora The Tequila Gang e dirigiu A Espinha do Diabo, que teve uma boa recepção.

Em 2002, o cineasta voltou para Hollywood, convidado para dirigir Blade II: O Caçador de Vampiros e, por volta de 2004, dirigiu Hellboy.

A consagração do cineasta

Todavia, somente em 2006 que o cineasta conseguiria alcançar de fato o estrelato e a sua consagração como diretor, após dirigir o aclamado O Labirinto do Fauno.

A obra recebeu diversos prêmios, incluindo 6 Oscar, tendo ganhado nas categorias de Melhor Maquiagem, Direção de Arte e Fotografia.

Em 2008 lançou Hellboy II: O Exército Dourado, e após esse trabalho, durante algum tempo focou em sua carreira como produtor, onde atuou em alguns projetos, incluindo O Hobbit: Uma Jornada Inesperada, de Peter Jackson.

Contudo, foi após realizar A Forma da Água em 2017, que del Toro consagrou-se definitivamente em Hollywood e no mundo todo, estabelecendo o seu nome na história do cinema.

O filme recebeu uma série de indicações e ganhou vários prêmios, incluindo: três BAFTA, dois Globos de Ouro e, o Leão de Ouro do Festival de Veneza.

Além disso, a obra recebeu 13 indicações ao Oscar, vencendo em quatro categorias: Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Trilha Sonora e Melhor Direção de Arte.

Guillermo del Toro e as suas histórias fantásticas

David HewlettOctavia Spencer, e Sally Hawkins em A Forma da Água (2017). O diretor chegou a cogitar fazer o filme em preto e branco, mas acabou mudando de ideia.

A paixão do cineasta por monstros é bem evidente.

Em sua infância costumava ler muitos livros e histórias em quadrinhos de Stephen King, assim como também gostava de assistir filmes de terror e animações japonesas sobre monstros gigantes.

Assim sendo, Guillermo del Toro tornou-se um contador de histórias fantásticas, onde gosta de mesclar o terror, com fantasia e humanidade em suas obras.

Por meio de seu olhar único e artístico, o aclamado cineasta busca sempre trazer em suas obras fantásticas a sua própria forma de fazer uma crítica às atrocidades cometidas por pessoas, para que o público possa refletir sobre quem são os verdadeiros monstros.

Afinal, desde jovem que o diretor entendeu que os verdadeiros monstros são, na verdade, os seres humanos.

Pois, as criaturas sobrenaturais e os seres mágicos de suas obras, são sempre inofensivos, e para ele, são repletos de significados e metáforas.

Principais filmes do diretor

Veja a seguir quais são os melhores filmes da carreira de Guillermo del Toro!

A Forma da Água (2017)

Durante a década de 60, Eliza é uma mulher muda que trabalha como seladora em um laboratório experimental secreto do governo.

Até que Eliza descobre que eles estão mantendo uma criatura fantástica em cativeiro, onde é maltratado.

Desse modo, a mulher acaba se apaixonando por aquela criatura e decide ajudá-lo a escapar do local em uma perigosa missão para salvar as suas vidas.

O Labirinto do Fauno (2006)

Em 1944, na Espanha, Ofélia e sua mãe chegam ao posto de seu novo marido, um cruel oficial do Exército.

Ao explorar o local, Ofélia encontra um labirinto antigo e um fauno, que diz para a garota que ela é a lendária princesa perdida e que para se tornar imortal, precisa completar três tarefas bastante arriscadas.

A Espinha do Diabo (2001)

Durante a Guerra Civil Espanhola, um garoto de 12 anos é abandonado em um orfanato, onde ele recebe visitas do fantasma de um outro menino que foi assassinado naquela instituição.

Círculo de Fogo (2013)

Quando monstros gigantescos começam a emergir do mar, os humanos desenvolvem robôs gigantes controlados por duas pessoas para combater as criaturas e salvar o mundo.

Hellboy (2004)

Com a Segunda Guerra Mundial beirando do filme, os nazistas decidem utilizar magia negra para derrotar os seus adversários.

Durante um ritual para invocar forças ocultas, eles são interrompidos quando avistam um garoto com aparência de demônio, que passa a ser chamado de Hellboy e com o tempo se torna um aliado das forças do bem.

Créditos Finais

O cineasta com os prêmios Oscar de 2017.

O diretor Guillermo del Toro é fascinado por monstros e histórias que beiram o surrealismo.

De fato, suas obras são capazes de nos cativar, quer seja por causa de suas tramas fantásticas, criaturas mágicas ou pelo suspense enervante que causa um frio na espinha do espectador.

Sem dúvida, del Toro é um dos maiores e melhores cineastas dessa geração.

Como dito antes, as suas obras são repletas de metáforas e os monstros nem sempre são, de fato, os verdadeiros monstros.

Por fim, você já assistiu algum filme do diretor? Qual deles é o seu favorito? Deixe o seu comentário!

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Por Dentro da Tela

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