As características do cinema de Sofia Coppola

Quais são as principais características do cinema de Sofia Coppola? E quais são os principais temas em seus filmes?

Sofia Coppola começou sua carreira como atriz, o que não durou muito.

Foi quando ela adaptou o livro As Virgens Suicidas, em 1999, para o cinema que veio o seu reconhecimento.

Desde o começo de sua carreira como diretora, Sofia Coppola escreve seus filmes ou colabora com o roteiro. O que dá mais controle criativo sobre os eles.

Temas principais

Encontros e Desencontros (2003) vai ao encontro de situações emocionais estagnadas e fadigadas.

Os temas centrais em sua filmografia são questões emocionais de seus personagens. Como eles se enxergam e como eles se relacionam com o mundo. O que eu senti quando assisti seus filmes, é que a diretora busca despertar a empatia do espectador.

Por exemplo em As Virgens Suicidas. As dores e os prazeres, cerceados por pais autoritários, da adolescência podem se comunicar facilmente.

Já em Encontros e Desencontros, Sofia Coppola busca discutir sobre as expectativas sociais que temos de nós mesmos e dos outros. No filme, os personagens principais estão numa espécie de limbo emocional, o que não necessariamente é uma tristeza, mas uma desconexão com as outras pessoas.

Eu achei interessante a ligação que é criada com o título original do filme. Lost in Translation, é um termo usado quando uma tradução, mesmo que correta, perde parte do sentido.

Para mim, é como se os personagens tentassem por em palavras o que estão sentindo mas não conseguissem. Por isso Bob e Charlotte se entendem.

Em Um Lugar Qualquer (2010), o personagem Johnny está anestesiado sentimentalmente.

Mergulhado numa vida que Hollywood pode proporcionar para atores famosos, ele é mostrado como alguém que está no piloto automático. Até que a vida impõe para ele passar mais tempo com sua filha de onze anos, o que faz com que repense seu modo de viver.

A conexão emocional, entre pai e filha, também está presente em seu mais recente filme On the Rocks. Aqui, Felix e Laura terão que resolver o que sentem um pelo outro, ao mesmo tempo que partem para uma investigação matrimonial.

Nesse filme, Sofia Coppola confronta a visão antiquada de ser homem propagada pelo machismo. Mas é um confronto brando, sem deixar marcas profundas em quem assiste.

Créditos Finais

Rashida Jones e Bill Murray protagonizam um filme leve, mas ao mesmo tempo questionador.

Aliás, Sofia Coppola é comedida em todas as discussões que traz em sua obra. O que diz muito sobre seu estilo. E isso não necessariamente é ruim.

Com exceção de As Virgens Suicidas e O Estranho que Nós Amamos (2017), que trazem situações mais fortes, sua filmografia é delicada e agradável.

Deixe aqui nos comentários qual seu filme favorito da diretora.

O meu é Maria Antonieta (2006) que foi muito criticado. Por ser um filme de época e que usa como trilha musical obras da atualidade. Para mim isso não é um erro, traz uma outra maneira de enxergarmos a história; deixando o filme muito mais atraente.


Assista também um vídeo que fizemos sobre o assunto:

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Albert Hipolito

Criador do Por Dentro da Tela. É Radialista e nas produções cinematográficas sempre está envolvido na arte. Tem em Pokémon e em Star Wars suas lembranças vivas da infância.

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