Max Ophuls e a elegância no cinema

Max Ophuls era um cineasta alemão que criou diversas obras-primas diferentes de tudo o que estava sendo realizado na época.

Algum tempo depois, os seus filmes serviram como fonte de inspiração para inúmeros outros diretores.

Pode-se dizer que até hoje em dia os seus filmes servem para influenciar e maravilhar com a elegância de suas obras.

As suas obras, normalmente, eram focadas em mulheres fascinantes e suas complexidades, com o intuito de compreendê-las melhor, as suas emoções e sentimentos.

Sem dúvida, Ophuls é considerado como um dos maiores cineastas da história de Hollywood, e o seu trabalho é grandemente prestigiado por cinéfilos e diretores.

Quer conhecer um pouco mais sobre o cineasta e quais são os filmes que marcaram a sua carreira? Então continue lendo!

Biografia de Max Ophuls

Registrado como Maximillian Oppenheimer, nasceu no dia 6 de maio de 1902, em Saarbrücken, Alemanha.

Max iniciou sua carreira como ator e diretor de teatro e operetas, exibindo os seus espetáculos em diversas cidades da Alemanha e Europa.

Em meados de 1927 o seu filho, Marcel Ophuls, nasceu em Frankfurt, e dois anos depois, utilizando o pseudônimo de Max Ophuls, o diretor foi contratado como assistente por uma rede de estúdios cinematográficos mais influentes da Alemanha, a UFA.

Durante essa época, Max dirigiu o seu primeiro curta metragem Dann schon lieber Lebertran (1931), e o seu primeiro longa, Die verliebte Firma (1931).

Entretanto, Ophuls obteve reconhecimento somente dois anos mais tarde, ao dirigir o seu primeiro sucesso, Redenção de 1933.

Todavia, devido a ascensão de Hitler ao poder na Alemanha e por causa de sua ascendência judaica, Max teve de sair do país e buscar refúgio em outro lugar.

Assim sendo, estabeleceu-se na França em meados de 1938, e tornou-se legalmente um cidadão francês.

Após a expansão nazista pela Europa e chegando na França, Ophuls teria mais uma vez de refugiar-se em outro país.

Dessa vez, buscou abrigo em solos americanos, mudando-se para Hollywood por volta de 1941 juntamente com outros cineastas franceses exilados.

Todavia, diferentemente de seus companheiros, Ophuls levou um certo tempo para encontrar emprego como diretor nas indústrias de Hollywood.

O início de uma carreira de sucesso

A atriz Kay Kendall e o diretor Max Ophuls conversando em frente ao Henry Moore Bronze, enquanto assistiam a um ensaio para o British Film Academy Awards, Odeon Theatre, Londres, 8 de maio de 1952 (Foto por Fred Ramage/Keystone/Getty Images)

Entre algumas tentativas falhas de trabalho, Ophuls começou a ter um pouco mais de sorte ao ser contratado por Douglas Fairbanks Jr., para dirigir o filme O Exilado de 1947.

Após o êxito que obteve com o filme e imprimir a sua marca pessoal em Hollywood, o diretor teve uma oportunidade única de retomar a sua carreira, dirigindo diversas obras sequencialmente.

Então, Ophuls dirigiu Carta de Uma Desconhecida, que mais tarde seria considerado uma de suas obras mais populares, e na sequência realizou outros dois grandes clássicos, Coração Prisioneiro e Na Teia do Destino ambos produzidos em 1949.

Após recuperar a sua carreira como cineasta, Ophuls retornou à França, apesar de admirar a eficiência das indústrias de Hollywood, o diretor sentia-se desiludido com o cinema americano.

Ao regressar para a França, Ophuls estava no auge de sua carreira e dirigia filmes amplamente prestigiados e que posteriormente se tornariam grandes clássicos e obras primas da sétima arte.

Entre eles, os mais notáveis são: A Ronda (1950), O Prazer (1952), Desejos Proibidos (1953) e Lola Montes (1955), sendo esse último o único filme em cores que o diretor dirigiu e que gerou grandes polêmicas em sua época, provocando até mesmo alguns protestos durante a sua exibição.

Foi necessário a intervenção dos produtores para fazer uma nova versão repleta de cortes e menos polemizada.

O cineasta faleceu no dia 25 de março de 1957, em Hamburgo, e deixou para trás um legado repleto de obras primas fantásticas.

Max Ophuls e as suas obras mais prestigiadas do cinema

O diretor é famoso pela forma como filmava as cenas, sempre mantendo delicadeza e ao mesmo tempo destreza.

A sua câmera era capaz de captar as emoções e situações com elegância, atravessando barreiras sólidas para encontrar algo além do materialismo físico.

De fato, o seu método era um estilo único e cativante, que inspirou diversos outros diretores posteriormente.

Dentre todos os seus filmes, a maioria retrata personagens femininas fortes e independentes, além de refletir sobre valores burgueses e aristocráticos, e das normas opressivas sempre presentes na sociedade.

Principais Filmes

1. Desejos Proibidos (1953): Louise é a esposa do general André, que vende um par de brincos que ganhou do marido para quitar algumas dívidas. No entanto, os brincos retornam para André, que os entrega de presente para a sua amante, Lola, que partirá em breve. Até que por fim, os brincos encontram o Barão Fabrizio Donati, por quem Louise possui uma paixão secreta.

2. Carta de uma Desconhecida (1948): Lisa Berndle, é uma adolescente recatada que se apaixona perdidamente por Stefan Brand, um pianista famoso e mulherengo. Após chegar na fase adulta, Lisa se entrega ao pianista, que logo em seguida parte em uma turnê, sem saber que havia engravidado Lisa.

3. Lola Montes (1955): Lola Montes é uma famosa dançarina e cortesã, cujo estilo de vida era repleto de polêmica e escândalos. Inclusive, Lola havia sido amante de diversas figuras públicas importantes. No entanto, sua carreira acabou limitando-se a uma atração de circo em Nova Orleans, onde o empresário e mestre de cerimônias tornou-se amigo de Lola apenas com o objetivo de explorá-la como sua atração principal. Assim sendo, Lola narra a história de sua vida por meio de performances circenses.

4. A Ronda (1950): Baseado em uma peça de 1897 do escritor austríaco Arthur Schnitzler, o filme retrata diversos casos de amores que estão interligados.

5. Liebelei (1933): O tenente da cavalaria, Fritz Lobheimer, pretende terminar o seu caso com a baronesa Eggerdorff, ao conhecer e se apaixonar por Christine, uma jovem filha de um violinista da ópera. Entretanto, quando o barão, marido da baronesa, descobre sobre o caso de sua mulher com Fritz, ele o desafia para um duelo mortal.

Créditos Finais

Martine Carol in Lola Montes (1955)

Portanto, o estilo inconfundível de Max Ophuls aliado com a sua qualidade narrativa e a habilidade com a câmera, foram responsáveis por destacar o seu nome e imprimir a sua marca na história do cinema.

Sem dúvida, mesmo refugiando-se durante a Segunda Guerra Mundial, o diretor obteve uma carreira de sucesso, apesar de estar recheada com altos e baixos, Max conseguiu se tornar um dos diretores mais prestigiados e memoráveis do mundo todo.

As suas obras serviram como inspiração e influência para que outros diretores pudessem surgir, e ainda continuam sendo consideradas como grandes clássicos do cinema.

Enfim, você já conhecia sobre os filmes do diretor alemão? O que achou sobre as suas obras? Compartilhe a sua opinião conosco!

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