Você sabia que Kathryn Bigelow foi a primeira e única mulher a receber um Oscar de Melhor Direção?
Pode até mesmo parecer mentira, mas, em todos os 91 anos da academia, apenas 5 mulheres foram indicadas a categoria de melhor diretor, e somente uma delas ganhou o prêmio mais disputado.
Sem dúvida, Bigelow revolucionou e entrou para a história ao ganhar esse prêmio, por seu trabalho bastante aclamado Guerra ao Terror.
Na cerimônia do Oscar de 2010, a diretora venceu nomes já conhecidos, como Quentin Tarantino e até mesmo, o seu ex-marido, James Cameron.
Assim sendo, continue lendo esse conteúdo para conhecer um pouco mais sobre essa diretora e suas obras prestigiadas!
Início da carreira de Kathryn Bigelow
Kathryn Ann Bigelow nasceu no dia 27 de novembro de 1951, em San Carlos, Califórnia.
Antes de seguir carreira no cinema como diretora, Kathryn tinha um forte interesse por artes.
O que era proveniente de seu pai, que gostava bastante de desenhar desenhos animados, e sonhava em ser um cartunista, porém, nunca conseguiu realizar esse sonho.
Então, Kathryn decidiu estudar artes no Instituto de Artes de São Francisco, onde acabou formando-se alguns anos mais tarde.
Bigelow recebeu uma bolsa de estudos, então, mudou-se para Nova York.
Lá começou a estudar no Programa de Estudo Independente do Whitney Museum of American Art.
Todavia, durante esse período, Bigelow acabou mudando o seu foco principal, trocando a pintura por cinema.
Pois, de acordo com a diretora, os filmes são como uma ferramenta social que pode atingir milhares de pessoas, diferente da pintura que possui um público mais limitado.
Assim sendo, após graduar-se pela Columbia Film School, Bigelow começou a fazer os seus longas metragens.
Em 1982 estreou com o seu primeiro filme independente The Loveless com Willem Dafoe, que recebeu uma boa aclamação da crítica e serviu de ponte para que ela realizasse outros projetos.
Em meados de 1989, a cineasta conseguiu realizar o seu primeiro grande projeto de estúdio, Jogo Perverso, estrelado por Jamie Lee Curtis.
O filme recebeu críticas mistas, enquanto alguns não gostaram do enredo, outros elogiaram as suas imagens.
Nesse mesmo ano, Bigelow casou-se com o também cineasta, roteirista e produtor, James Cameron. Todavia, o casamento durou pouco tempo.
Por volta de 1991, iniciaram uma parceria nos cinemas, Bigelow dirigiu e James Cameron produziu o filme Caçadores de Emoção, que recebeu alguns elogios da crítica.
Nesse mesmo ano, o casamento de Bigelow com Cameron terminou.
O sucesso da cineasta em Hollywood e no mundo
A partir de então, a cineasta realizou alguns projetos para a televisão e cinema, incluindo a minissérie de ficção científica Wild Palms.
Depois voltou para as telonas, com Estranhos Prazeres (1995), O Peso da Água (2000) e K-19: The Widowmaker.
Esse último filme serviu para imprimir as suas características como diretora e os temas que geralmente aborda.
Todavia, foi em 2010, com o aclamado Guerra ao Terror, que Bigelow consagrou o seu nome como uma das maiores cineastas de Hollywood.
O filme venceu uma série de premiações importantes, além disso, foi nomeado para nove categorias do Oscar.
Das quais venceu em cinco, incluindo na categoria de Melhor Filme e de Melhor Diretor para Bigelow.
A cineasta venceu nomes já consagrados como Quentin Tarantino por Bastardos Inglórios, Jason Reitman por Amor Sem Escalas, Lee Daniels por Preciosa – Uma História de Esperança, e o seu ex-marido James Cameron por Avatar.
Naquela noite, Kathryn Bigelow entrou para a história, pois, tornou-se a primeira mulher a receber o Oscar de Melhor Diretor ao longo de 91 cerimônias da premiação.
No entanto, mais além disso, foi também a primeira mulher a receber o Oscar de Melhor Filme com um tema que, geralmente, é visto como domínio masculino: a guerra.
O cinema sobre o mundo que vivemos
O cinema de Kathryn é imponente e importante. A cineasta possui uma carreira marcada por diferentes gêneros.
Assim sendo, é possível afirmar que uma das características marcantes da cineasta é a modo como consegue misturá-los.
Mas, além disso, alguns temas são recorrentes em suas tramas, como por exemplo, temas sociais, políticos e sexuais.
No entanto, a diretora tornou-se mundialmente conhecida pelo modo como consegue retratar a ação de forma imersiva, assim como a violência de forma pungente.
De acordo com a própria diretora, é preciso acabar com a preconcepção de que tais características de um filme devem estar relacionadas à um único gênero.
Obras marcantes de Kathryn Bigelow
Assim sendo, confira a seguir algumas das principais obras da cineasta!
Guerra ao Terror (2010)
JT Sanborn, Brian Geraghty e Matt Thompson fazem parte do esquadrão antibombas do exército estadunidense em missão no Iraque.
No entanto, enquanto o esquadrão trabalha na destruição de um explosivo, um erro acaba fazendo com que o objeto exploda e mate Thompson.
A Hora Mais Escura (2012)
A trama desse filme foi inspirada em uma história real sobre a caça ao homem mais procurado do mundo, Osama Bin Laden.
Assim sendo, a história serve Maya, uma agente da CIA que trabalha interrogando prisioneiros ligados à Al Qaeda.
Estranhos Prazeres (1995)
Lenny Nero é um ex-policial que vende discos que permitem que os clientes experimente as emoções de outras pessoas.
Até que ele acaba presenciando o assassinato de uma prostituta em um desses discos, e decide procurar ajuda para tentar encontrar o assassino.
Quando Chega a Escuridão (1987)
Mae é uma bela vampira que seduz Caleb e o transforma em um vampiro.
Desse modo, após ser mordido, Caleb se junta a uma gangue de vampiros que aterrorizam uma cidade no interior dos Estados Unidos.
Detroit em Rebelião (2017)
Após uma operação policial sem planejamento iniciar uma rebelião civil, uma devastadora revolta popular é gerada, tomando conta das cidades de Detroit por volta de cinco dias.
Créditos Finais
Sem dúvida, Kathryn Bigelow tornou-se um ponto de referência em Hollywood.
Pois, revolucionou a história do cinema ao ter sido a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Direção e a primeira mulher a ganhar o Oscar de Melhor Filme.
De fato, Kathryn deixou o seu marco em meio à essa indústria cinematográfica, quebrando quaisquer preconcepções e estereótipos, ao mostrar que uma mulher pode muito bem contar uma história sobre guerras e violência.
Assim sendo, o que você achou sobre os filmes da diretora? Possui algum favorito? Então, deixe o seu comentário!