Jean-Luc Godard | Biografia do cineasta Franco-Suíço

O cineasta Jean-Luc Godard, é um franco-suíço que fez parte do movimento chamado Nouvelle Vague.

Assim sendo, uma nova forma de se fazer filmes que surgiu em 1958 na França. Desse modo, ela é conhecida como “Nova Onda” em sua tradução aqui no Brasil.

Foi em seu filme “Acossado” que ele demonstrou essa urgência de mudar as tradições que determinavam a cultura cinematográfica até então.

Suas obras ainda mostram claras influências históricas relacionadas a Guerra do Vietnã e dos movimentos estudantis de Maio de 68.

Mas, não foi apenas de filmes que esse cineasta viveu, durante a década de 80, realizou diversos vídeos. Seja você entusiasta ou estudante de cinema, vamos conhecer esse artista?

A vida cinematográfica de Jean-Luc Godard

Acossado (1960).

Em dezembro de 1930 o franco-suíço Jean-Luc Godard nasce em Paris, na França, mas, foi na Suécia que viveu sua infância.

Seu pai era um médico chefe de uma clínica no país e seu avô, um grande banqueiro. Durante suas primeiras décadas, viveu na cidade de Genebra.

Mas, foi morar em Paris ainda jovem a fim de se licenciar em Etimologia, através da Universidade de Paris.

Foi em 1950 que Godard começou a se aventurar no mundo cinematográfico. Quando teve contato com grandes nomes como: François Truffaut, André Bazin, Jacques Rivette, Claude Chabrol e Éric Rohmer.

Juntamente com eles, formou o que seria conhecido como o grupo fundador da Nouvelle Vague, um movimento que tinha por objetivo renovar o cinema francês.

Ou seja, ele trazia uma nova visão na qual, a direção era valorizada. Logo, em 1955, lançou o seu primeiro curta chamado “Operação Concreto”.

Nos anos que se seguiram, Godard investiu em novas pequenas produções, até que, em 1959, lançou seu primeiro longa-metragem.

Apesar de possuir um orçamento baixo, “Acossado” foi inovador e trouxe uma narrativa através da câmera de mão que teve como protagonista a atriz e o ator, respectivamente, Jean Seberg e Jean-Paul Belmondo.

Dessa forma, a atriz principal foi a responsável por popularizar o corte de cabelo curto nas mulheres naquele período.

Nos anos que se seguiram, seus filmes mostraram questões existenciais e de dualidade, como nos filmes:

  • 1962: Viver A Vida;
  • 1963: O Pequeno Soldado;
  • 1963: O Desprezo.

O último se destacou devido a narrativa ortodoxa e que teve os maiores investimentos de sua carreira, sendo inspirada em uma história de Alberto Moravia.

Início de uma fase político-social

Se inicialmente Jean-Luc Godard tinha um tom apenas dramático, aos poucos foi abrindo espaço para uma nova forma de narrar.

Isso porque seus filmes começaram a servir de instrumento político-social. Um período no qual, criou tanto longas, quanto documentários:

  • 1967: Longe do Vietnã;
  • 1969: Pravda;
  • 1969: Vento do Oriente;
  • 1970: Até a Vitória.

Já na década de 70, o cineasta volta-se a direção de filmes para televisão. Entre os primeiros 8 anos da década de 80, esteve por trás de “Histórias do Cinema”.

Uma série de TV que mostrava a sua visão da arte cinematográfica no século 20, ao mesmo tempo que produzia filmes como:

  • 1982: Paixão;
  • 1983: Carmen de Godard;
  • 1984: Je vous salue, Marie.

Sendo o último, um filme bastante polêmico que chegou até mesmo a ser proibido no Brasil, pois, é uma reinterpretação da história de Maria.

Desse modo, os anos seguintes foram marcados por diversas outras grandes obras, algumas nas quais uma de suas ex-mulheres, Anna Karina, foi escalada.

Seus últimos dois filmes foram feitos já no século 21. Um deles se chama “Adeus À Linguagem” (2014) onde conta a história de duas pessoas vivendo em uma casa.

Já o segundo é “Imagem e Palavra” deste ano (2019), o filme/documentário reflete sobre o mundo e o cinema e faz uso de cenas de filmes, reportagens, desenhos e vídeos caseiros.

Ao longo de sua carreira vemos que o temas abordados pelo cineasta são questões sociais, políticas e sobre as guerras.

5 filmes de Jean-Luc Godard que você não pode deixar de ver!

Viver a Vida(1962).

Acossado (1960)

Primeiro filme de Godard, ele mostra a história de um homem que rouba um carro e, logo em seguida, mata um policial. Depois, o personagem segue para França onde fica escondido na casa de uma mulher que quer ter um filho dele.

Viver a vida (1962)

Nesta trama emocionante, vemos a história da jovem Nana que abandona marido e filho. Desse modo, ela decide ir atrás da sua carreira como atriz, mas, que ao passar por dificuldades vira prostituta.

O Desprezo (1963)

Estrelado por Brigitte Bardot, esse filme se passa na Itália. Ele mostra uma equipe de gravações de um filme e mostra Camille, a mulher do roteirista sendo enganada. O que a leva a acreditar que seu marido a vendeu para o produtor do filme, levando seu casamento as ruínas.

Alphaville (1965)

Outro de seus filmes da “era Karina”. Ele representa uma sátira ao gênero espionagem. Nessa trama, somos apresentados a uma cidade chamada Alphaville que é comandada por um computador. Assim, os habitantes não possuem sentimentos e o agente Lemmy Caution é enviado até lá para encontrar o professor criador da máquina.

Masculino-Feminino (1966)

Um filme que aborda o ponto de vista jovem em relação da Guerra do Vietnã. Vemos um enredo narrado pela vida de Paul, um jovem e ex-militar francês que vê sua namorada construir uma carreira como cantora pop. Ao mesmo tempo que acaba se isolando da vida social e amizades.

Créditos Finais

Grande diretor franco-suíço, ao longo deste artigo vimos quem é Jean-Luc Godard e suas contribuições para o mundo da cinematografia.

Dessa forma, suas influências são tão grandes que recebeu diversos prêmios. Bem como, teve 8 títulos indicados na quinta edição do livro “1001 Filmes Para Ver Antes de Morrer”.

Entre eles, estão os cinco indicados aqui no texto mais outros três chamados:

  • O Demônio das Onze Horas (1965);
  • Duas ou Três Coisas Que eu Sei Dela (1967);
  • Week-End à Francesa (1967).

Você já conhecia algum desses títulos ou ficou interessado em algum? Deixe sua opinião nos comentários e se inscreva no canal do Por Dentro da Tela.

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