As grandes obras de Billy Wilder

Samuel Wilder, conhecido pelo nome artístico Billy Wilder, foi um diretor, produtor e roteirista de cinema norte-americano.

Ao longo de seus 50 anos de carreira, produziu mais de 60 filmes aclamados tanto pelo público quanto pela crítica.

Nascido na Polônia, seu sonho inicial era tornar-se advogado mas, inesperadamente, abandonou a carreira e decidiu se mudar para Viena com o intuito de se tornar jornalista.

Decidiu usar Billie como primeiro nome, antes mesmo de emigrar para os Estados Unidos.

Ao chegar a Hollywood, não falava o idioma Americano, no entanto, aprendeu rápido e entrou para a indústria cinematográfica com a ajuda de Peter Lorre.

No ano de 2002, aos 95 anos morreu em virtude de uma pneumonia, após enfrentar longos períodos de tratamento de câncer.

O estilo filmográfico de Billy Wilder

Billi Wilder começou sua carreira escrevendo roteiros para filmes mudos, em 1929, na Alemanha.

Ele se tornou famoso por seus roteiros escritos em parceria com Charles Brackett e I.A.L Diamond.

Recebeu ao longo de sua trajetória diversos Oscars, entre eles por “O Farrapo Humano” e “O Crepúsculo dos Deuses”, filmados pelo próprio Wilder.

Posteriormente, Wilder foi o diretor dos dois mais famosos filmes estrelados por Marilyn Monroe, “O Pecado Mora ao Lado” e “Quanto Mais Quente Melhor”.

Este último foi eleito em 2001 pelo Instituto de Cinema Americano como a melhor comédia de todos os tempos.

Crepúsculo dos Deuses (1950).

Seus filmes eram conhecidos por começarem com uma narração e três deles foram adaptados para a Broadway na forma de musicais. Foram eles:

  • “Crepúsculo dos Deuses”
  • “Quanto Mais Quente Melhor”
  • “Se Meu Apartamento Falasse”

Billy Wilder era um dos nomes que a princípio dirigiriam “A lista de Schindler”, no entanto Steven Spielberg decidiu fazê-lo sozinho.

Lembrado como um dos mais brilhantes cineastas de sua época, recebeu inúmeras indicações.

Recebeu os prêmios Irving G. Thalberg e o concedido pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em 1988.

Recebeu também 20 indicações ao Oscar, vencendo na categoria melhor filme com:

  • “Farrapo Humano”, em 1945
  • “Se Meu Apartamento Falasse”, em 1960

Da mesma forma, foi indicado a cinco Globos de Ouro, vencendo 3 vezes por melhor:

  • Realizador com “Farrapo Humano”, em 1945
  • Realizador com “Crepúsculo dos Deuses”, em 1950
  • Argumento com “Sabrina”, em 1954

Além desses, ganhou o Festival de Cannes, Festival de Berlim e Festival de Veneza.

Cinco principais filmes dirigidos por Billy Wilder

1 – Quanto Mais Quente Melhor (1959)

Marilyn Monroe.

Essa comédia musical conta a história de dois músicos de jazz que testemunham acidentalmente o Massacre do Dia de São Valentim em Chicago.

Então, para escapar da perseguição dos gangsteres envolvidos no crime, ambos se vestem de mulher, se maquiam e vão para a Flórida, onde passam a fazer parte de uma banda inteiramente feminina.

Inicialmente, o diretor queria que Frank Sinatra e Mitzi Gaynor interpretassem os dois protagonistas.

No entanto, os papéis acabaram ficando com Jack Lemmon e Marilyn Monroe.

No ano seguinte a seu lançamento, ganhou o Oscar de melhor figurino, três Globos de Ouro e um BAFTA.

2 – Crepúsculo dos Deuses (1950)

Conhecido como Sunset Boulevard por causa da estrada homônima que atravessa as cidades de Los Angeles e Beverly Hills, foi aclamado por vários críticos na época em que foi lançado.

Ele foi adaptado para os palcos como um musical, o que resultou no Tony Award de melhor musical em 1993.

A trama conta a história da veterana estrela de cinema mudo que se recusa a aceitar que seu reinado acabou.

Então, ela contrata um jovem roteirista para ajudá-la a reconquistar o sucesso. O escritor acredita que pode manipular a atriz, mas percebe que está redondamente enganado.

Crepúsculo dos Deuses foi o último filme produzido por um grande estúdio de Hollywood a ser realizado com negativos de emulsão de nitrato.

Ele foi indicado a 11 Oscar, levando no total três estatuetas.

3 – Pacto de Sangue (1944)

Baseado no livro de James M. Cain, é considerado um dos primeiros e mais bem-sucedidos filmes noir da história.

A história é inspirada num crime real em que uma mulher casada do Queens convence o amante a matar seu marido por causa de uma apólice de seguro. Os assassinos foram presos e executados.

Outros filmes inspirados no mesmo crime foram “O Destino Bate à Sua Porta” e “Corpos Ardentes”.

O nome inicial do personagem teve que ser trocado em virtude do enredo da história, já que na época vivia em Beverly Hills um vendedor de seguros com o mesmo nome.

Com medo de sofrer acusações de difamação, realizou a mudança.

Ele foi refilmado em 1973 como “Indenização Dupla”.

4 – Se Meu Apartamento Falasse (1960)

O filme conta a história de um homem solteiro que, a fim de bajular seus chefes, resolve emprestar seu apartamento para que eles tivessem encontros amorosos escondidos.

Mas a situação sai de controle assim que ele se vê apaixonado pela amante de um de seus chefes.

O roteiro foi adaptado posteriormente em 1968 para a Broadway.

O ator Paul Douglas interpretaria o papel principal, entretanto veio a falecer pouco antes do início das filmagens.

Foi exibido em 2018 na mostra de longas em Cannes.

O filme rendeu a Shirley Maclaine e Jack Lemmon o Oscar de melhor atriz/ator, respectivamente.

5 – Farrapo Humano (1945)

Com uma excelente interpretação de Ray Milland, este foi um dos primeiros filmes a retratar de forma realista a doença do alcoolismo.

Na história, Milland vive um rapaz que tem crises de abstinência após ser proibido de beber durante um final de semana inteiro.

As cenas em que o personagem principal tem as crises de delírio são de fato impressionantes.

Ele passou uma noite inteira como paciente do Hospital Bellevue para se preparar para o personagem.

Cary Grant e José Ferrer foram candidatos para o personagem principal.

Embora tenha sido filmado em 1945, o filme e seu conteúdo continuam atuais.

A Paramount, na época, pagou o equivalente a U$$ 50 mil para ter os direitos exclusivos do livro de Charles Jackson.

O filme ganhou 4 Oscar em 1946.

Créditos Finais

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Por Dentro da Tela

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