Considerado um dos maiores cineastas do século 20, o diretor David Lean teve uma longa carreira junto a sétima arte.
O que muitos não sabem, é que seu amor pelo cinema não veio desde cedo. Sendo assim, descoberto apenas após seus 17 anos, e a partir deste momento teve um desenvolvimento incrível.
De modo que, vemos em suas obras o emprego de temas como As Aparências Externas V As Obsessões Particulares dos Homens.
Mais de 20 anos após sua morte, hoje ele ainda é inspiração para muitos. Por isso, iremos mostrar um pouco mais de sua vida e obras neste artigo, continue lendo!
A biografia de David Lean
Nascido em 1908 em Croydon na Inglaterra, David Lean foi um diretor de cinema responsável por produções épicas literárias.
Ao longo de toda sua infância, Lean não teve contato com a sétima arte. Isso porque ele era filho de pais bastante rigorosos, tendo assistido ao seu primeiro filme apenas aos 17 anos de idade.
Desse modo, começando sua carreira cinematográfica apenas 3 anos mais tarde, em 1928 ao trabalhar como garoto de chá nos estúdios Gaumont-British.
Sendo rapidamente promovido a função de garoto da ripa (clapboard) e logo em seguida, a editor. Nessa última posição, foi quando finalmente recebeu destaque.
- Década de 30: durante esse período, Lean era o editor de filmes mais bem pago de todo o cinema britânico. Sendo assim, considerado o melhor e altamente prestigiado em sua função;
- 1942: neste ano, David Lean começou sua colaboração com o famoso dramaturgo Noël Coward ao co-direcionarem juntos, o drama chamado “Em Que Servimos”;
- 1944: após o projeto em colaboração, foi possível juntos financiarem a fundação da Cineguild Productions. Uma empresa de produção de filmes dirigida por Lean, tendo Coward como cofundador, Anthony Havelock-Allan como produtor e Ronal Neame como diretor de fotografia.
Logo, ao abrir sua própria companhia os 3 primeiros filmes produzidos foram adaptações das peças teatrais de Coward, conhecidas como:
- “This Happy Breed”, de 1944;
- “Blithe Spirit”, de 1945;
- “Brief Encounter”, de 1945 também.
Além disso, em sua carreira Lean dirigiu ainda um filme baseado em histórias clássicas de Charles Dickens. Recebendo o Oscar de Melhor Diretor, Filme e Roteiro por “Great Expectations” (1946).
Considerada até hoje, uma das melhores adaptações para o cinema, das histórias de Dickens.
Já em 1948, foi lançado o filme chamado “Oliver Twist” que contam com uma atuação memorável de Alec Guinnes no personagem de Fagin.
- 1950: Lean se separa da Cineguild e vai trabalhar para Alexander Korda, produtor britânico, no Shepperton Studios.
Carreira ao longo das décadas:
Seguindo sua carreira durante o final da década de 40 e início da de 50, Lean fez diversos longas considerados bons em um estilo comum.
O destaque obtido era bastante creditado as performances de grandes artistas. Uma vez que, teve em ao seu lado nomes como:
- Charles Laughton em “Hobson’s Choice”, de 1954;
- Katharine Hepburn em “Quando o Coração Floresce”, de 1955.
Mas, em 1957 seus filmes voltam a proeminência com o longa “A Ponte do Rio Kwai” que conta o drama de um prisioneiro de guerra.
Tal filme, rendeu a ele nada mais do que sete estatuetas do Oscar. Incluindo categorias como Melhor Filme e Melhor Diretor – seu primeiro nesta.
Além disso, o longa fez com que ele fosse nomeado ao Registro Nacional de Cinema da Biblioteca do Congresso, uma honra nacional dada para obras significativas em aspectos cultura, histórico e artístico.
Altos e baixos na carreira de David Lean:
- 1962: neste ano, David Lean lançou um de seus filmes mais conhecidos, “Lawrence da Arábia”. Tendo assim, como base, a história do T.E. Lawrence. Um oficial britânico que liderou a revolta árabe contra a invasão das tropas alemãs na Primeira Guerra Mundial.
- 1965: ele lança um longa que conta uma história de amor na época da Revolução Russa, chamado “Doctor Zhivago”;
- 1970: o romance “A Filha de Ryan” foi exibido em grande escala enquadrando a espetacular arte de tirar o fôlego através das paisagens, uma marca registrada de David Lean. Contudo, o filme foi altamente criticado, levando-a só conseguir produzir novamente, 14 anos depois;
- 1984: ele volta aos cinemas com “Passagem para a Índia”, um longa baseado no clássico romance de E.M. Forster. Sendo no mesmo ano, condecorado com o título de Sir, pela rainha da Inglaterra;
- 1990: foi ano em que recebeu o Lifetime Achievement Award pelo American Film Institute.
Foi então, que, em 1991, ele morreu durante a preparação de uma versão do romance de Joseph Conrad, “Nostromo”.
Os 5 melhores filmes de David Lean
- Lawrence da Arábia (1962): o longa recebeu 7 prêmios do Oscar, incluindo as categorias de Melhor Diretor e Filme. Por trás das câmeras, durante as filmagens o cenário era complicado, pois, o clima do local era quente e as cenas demoradas. Com isso, a produção levou cerca de 20 meses para ser concluída. Ou seja, quase 2 anos que rendeu um filme de visual espetacular;
- Doutor Jivago (1965): um filme que retrata os anos precedentes a Revolução Russa, aqui David Lean nos faz ver através da ótica de Yuri Zhivago. Médico e poeta, ele foi órfão em Moscou que quando adulto se casa com Tonya, uma aristocrata, e se envolve ainda com a enfermeira Lara, sua grande paixão;
- A Ponte do Rio Kwai (1957): neste longa iremos acompanhar um coronel britânico e a vida de prisioneiros forçados a construírem uma ponte, durante a guerra, que irá ajudar seus inimigos. Apesar de americanos e britânicos desejarem explodi-la, o comandante da construção possui outros planos;
- Passagem para a Índia (1984): esse filme mostra a história de duas inglesas que decidem viajar para Índia em meados de 1920. Na qual, vemos um país imerso em conflitos raciais, sendo guiadas por um médico local a uma gruta. De lá, um incidente vira uma acusação de estupro;
- Oliver Twist (1948): passando-se na época vitoriana, vemos um jovem inglês órfão que ao ser mandado para um reformatório, é castigado e perseguido. Mas, que encontra Fagin, um chefe de uma quadrilha, uma sensação falsa de liberdade.
Créditos Finais
Vimos então, ao longo deste artigo, um pouco mais sobre a vida de David Lean e a história por trás de grandes obras cinematográficas produzidas por ele.
Grande parte dela, tendo como base clássicos literários, como os de Dickens e E.M. Forster. Bem como, outras baseadas em fatos.
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