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Bong Joon-ho | O destaque do cinema sul-coreano no mundo

Certamente você já deve ter ouvido falar, ao menos uma vez, que o diretor coreano Bong Joon-ho simplesmente fez história na cerimônia do Oscar desse ano.

Diretor de Parasita, o filme venceu em quatro categorias das seis que foi indicado, inclusive a de melhor filme, tornando-se o primeiro filme não inglês a vencer nessa categoria tão disputada.

Além disso, o cineasta também levou para casa o Oscar de melhor diretor, vencendo outros aclamados diretores como Quentin Tarantino e Martin Scorsese.

Assim sendo, caso queria saber mais sobre a biografia de Joon-ho e quais são os seus principais filmes, além de Parasita, continue lendo esse conteúdo!

A biografia de Bong Joon-ho

Cão Que Ladra Não Morde (2000) foi o primeiro longa metragem escrito e dirigido por Bong Joon-ho

Bong Joon-ho nasceu no dia 14 de setembro de 1969, na cidade de Daegu, na Coreia do Sul.

Enquanto estava no ensino médio, decidiu que gostaria de se tornar um cineasta.

Quiçá tenha sido influenciado por sua família, pois, seu pai havia sido um designer, e o seu avô um autor prestigiado.

No final da década de 80, graduou-se em sociologia na Universidade Yonsei, da qual pertencia ao clube de cinema, e começou a nutrir admiração por Edward Yang, Hou Hsiao-Hsien e Shohei Imamura.

Em meados de 1990, Bong Joon-ho participou de um programa de estudos durante dois anos na Academia Sul-Coreana de Filmes, onde realizou diversos curta-metragens de 16 mm.

Ao passo que, dois de seus curtas, “Peureimsogui gieokdeul” e “Ji-ri-myeol-lyeol” foram escolhidos para serem recebidos em alguns festivais internacionais de cinema.

Alguns anos depois, em 2000, o diretor lançou o seu primeiro longa-metragem, Cão que Ladra Não Morde, porém, o lançamento foi relativamente pequeno, não obtendo grandes lucros ou reconhecimento.

O sucesso viria somente três anos depois, com o lançamento de seu filme Memórias de um Assassino.

A obra do diretor, que foi inspirada por histórias reais dos primeiros assassinos em série da Coreia do Sul, foi um sucesso imediato e bem receptivo tanto pelo público quanto pela crítica.

Todavia, apesar do sucesso comercial que o seu filme obteve, Bong Joon-ho ainda não possuía grande reconhecimento como diretor na indústria cinematográfica.

Porém, este não demorou a vir. Em 2006, o cineasta conseguiu alcançar o tão esperado reconhecimento por sua obra O Hospedeiro.

Tornando-se amplamente aclamado não apenas no seu país de origem, mas como também mundialmente, que por sua vez, recebeu diversos elogios da crítica durante a sua estreia no Festival de Cannes.

O destaque do cinema sul-coreano no mundo

Em meados de 2013, Joon-ho realizou o seu primeiro filme em Hollywood, Expresso do Amanhã.

O filme foi considerado como um grande sucesso comercial e até mesmo de crítica, pois, a trama aborda questões importantes, como o aquecimento global e a eterna luta de desigualdade sociais.

Cerca de quatro anos depois, o diretor realizou Okja, em parceria com a Netflix. Dessa vez, o diretor utilizou a trama para defender os direitos dos animais e para realizar uma crítica as indústrias alimentícias.

A essa altura, o diretor já possuía um certo reconhecimento devido às suas obras posteriores.

No entanto, em 2019 a sua carreira ascendeu e Bong Joon-ho tornou-se amplamente aclamado, devido ao sucesso de Parasita.

O filme que retrata de forma ácida e com uma pitada de humor a desigualdade social na Coreia, foi um sucesso estrondoso e imediato.

Parasita tornou-se maior bilheteria na Coreia, e nos Estados Unidos, arrecadando mais de 20 milhões de dólares apenas nas primeiras semanas, o que é extremamente incomum para um filme não-inglês.

Porém, o sucesso não limitou-se apenas aos Estados Unidos, Parasita tornou-se um fenômeno mundial, arrecadando mais de 100 milhões ao redor do mundo.

Além disso, o filme também foi indicado a diversos prêmios, inclusive ao Oscar de 2020, do qual venceu na categoria de melhor filme internacional, melhor roteiro original e melhor filme.

Desse modo, Parasita foi o primeiro filme de língua não-inglesa a vencer nessa categoria tão disputada. E, rendeu ao Joon-ho, o Oscar de melhor diretor, desbancando Martin Scorsese, Quentin Tarantino e outros diretores que disputavam.

Emocionado em seu discurso, Bong Joon-ho fez uma breve homenagem tanto ao Tarantino quanto ao Scorsese, destilando apreço por ambos.

O diretor também aproveitou para deixar um pequeno e objetivo recado para todos: “uma vez superada a barreira das legendas, vocês conhecerão muitos filmes incríveis”.

Bong Joon-ho e a mistura de gêneros

Nesta foto fornecida por A.M.P.A.S. Os vencedores do prêmio de melhor filme por Parasita posam no palco durante a 92ª entrega do Oscar no Dolby Theatre (Foto por Matt Petit – Handout / A.M.P.A.S via Getty Images)

Para aqueles que já assistiram a outras obras de Bong Joon-ho, certamente já deve ter notado que o diretor gosta de brincar com gêneros, misturando-os até obter resultados inusitados, porém satisfatórios como, por exemplo, um suspense com um pouco de humor sombrio.

Além disso, o diretor também gostar de retratar em seus filmes questões sociais que estão presentes em nosso dia a dia, como a gritante desigualdade social, aquecimento global, entre outros assuntos polêmicos.

Pode-se notar também certa recorrência do conceito “monstro”, presente em suas obras.

Mas, afinal, o que é um monstro? De acordo com os filmes do cineasta, um monstro pode ser algo literal ou metafórico.

Pode ser um assassino, o capitalismo, um homem que apenas quer sobreviver, ou, de fato, uma criatura.

Principais filmes

Créditos Finais

Bong Joon-ho pode-se dizer que é uma estrela em ascensão.

Apesar de ter ganhado bastante sucesso e reconhecimento recentemente, devido ao seu filme Parasita, o diretor possui outras obras primas em sua filmografia

O diretor possui talento, e mostrou ao mundo que não existem barreiras, fronteiras e nem mesmo legendas que impeçam ou limitem o poder do cinema.

Afinal, existem inúmeros diretores talentosos espalhados pelo mundo, não limitando apenas as indústrias de Hollywood.

Você já assistiu algum dos filmes do diretor? Qual é a sua opinião? Deixe o seu comentário!

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