Petra Costa possui uma carreira como cineasta de prestígio. Em sua filmografia, carrega filmes que são reconhecidos tanto em solos nacionais, quanto internacionais. Além disso, também concede às suas obras sua identidade própria e inconfundível.
Após ter o seu documentário Democracia em Vertigem indicado ao Oscar, rapidamente tornou-se a diretora mais falada no Brasil. Portanto, caso queira conhecer um pouco mais sobre a trajetória dessa cineasta, continue lendo!
A vida de Petra Costa
Petra Costa nasceu no dia 8 de julho de 1983, em Belo Horizonte, no entanto, mudou-se para São Paulo, quando ainda era um bebê. Quando possuía não mais do que 7 anos, a sua irmã mais velha cometeu suicídio.
Tal acontecimento não só marcou sua vida como um trauma, como também anos mais tarde serviu como base para fazer o seu documentário a respeito.
Por volta dos 14 anos que Petra começou a dar os seus primeiros passos em sua carreira artística, ao começar a estudar teatro. E por volta dos 17 anos, ingressou no curso de artes cênicas na Universidade de São Paulo, onde estudou por dois anos.
Mas acabou decidindo estudar antropologia na Universidade Columbia, em Nova York. Logo sem seguida, continuou os seus estudos de mestrado na Comunidade e Desenvolvimento na Escola de Economia de Londres, concentrando-se no tema traumas.
Foi por volta desse período que teve o seu primeiro contato com as obras dos principais expoentes da Nouvelle Vague francesa, Agnes Vardà e Chris Marker. Ambos tornaram-se uma inspiração e grande influência para os trabalhos de Petra.
Após graduar-se, Petra retornou ao Brasil com 24 anos de idade e começou a sua carreira no cinema. Primeiro atuou como assistente de edição e direção, mas logo passou a dedicar-se como diretora.
O documentário que foi indicado ao Oscar
Em 2009, estreou o seu primeiro curta-metragem: Olhos de Ressaca, que recebeu reconhecimento em várias premiações e festivais. Logo em seguida, estreou o seu primeiro longa-metragem, Elena, em 2012.
O documentário aborda um trauma familiar, mais especificamente a morte de sua irmã mais velha, Elena, que aos 20 anos cometeu suicídio. O filme recebeu uma série de prêmios e críticas positivas tanto dentro quanto fora do Brasil.
Desse modo, Petra continuou seguindo a sua carreira e imprimindo sua marca pessoal e inconfundível em suas obras. O sucesso definitivo foi alcançado, no entanto, com o seu mais novo longa, Democracia em Vertigem, de 2019.
O documentário que retrata o processo de impeachment da ex-presidente do Brasil, Dilma Rousseff, foi amplamente aclamado e prestigiado ao redor do mundo, recebendo indicações como Melhor Documentário Estrangeiro no Festival de Sundance e na premiação do Oscar.
Embora não tenha vencido na categoria, o filme continua sendo relembrado e prestigiado até os dias de hoje.
Principais obras da carreira de Petra Costa
Pode-se dizer que o cinema de Petra Costa possui qualidade e autenticidade única, que logo tornaram as suas obras inconfundíveis. Conhecer o trabalho de Petra é também prestigiar as obras nacionais e o trabalho das mulheres no cinema.
Com o seu estilo muito bem consolidado, a cineasta gosta de repetir a mesma fórmula, porém, nunca de uma forma cansativa. Os seus filmes são uma combinação de diálogos sobre temas mais íntimos e questões sociais e políticas.
A cineasta costuma abordar muito questões sobre traumas em suas obras, sejam eles traumas pessoais, traumas políticos ou qualquer outro tipo de trauma. Mas, não há dúvidas de que tornou os seus filmes são reconhecidos devido ao caráter ensaístico.
Sendo assim, confira a seguir algumas das obras que mais marcaram a carreira de Petra Costa como cineasta!
Democracia em Vertigem (2019)
Nesse documentário, Petra Costa buscou entrelaçar o pessoal com o político em seu acesso privilegiado sobre Dilma, Lula, Bolsonaro e outros políticos relevantes. O documentário busca narrar um dos momentos mais decisivos da história do Brasil.
Desse modo, a obra é considerada como uma advertência a todas as democracias ao redor do mundo. Os eventos sucedem de tal modo que parece até mesmo um filme de suspense.
Logo, o foco do documentário é capturar de forma mais íntima essas três figuras enquanto travam um embate relacionado as suas vidas políticas. Além disso, o documentário também mostra de forma imparcial os danos colaterais que o país sofreu por causa dessa briga.
Olmo e a Gaivota (2014)
Enquanto uma atriz de teatro começa a se preparar para o seu mais novo papel, ela acaba descobrindo que está grávida. Obstinada a perseguir sua carreira, no entanto, a atriz vê a sua liberdade entrar em conflito com as limitações de seu corpo, principalmente quando a sua gravidez passa a ser ameaçada.
Elena (2012)
Elena é uma jovem de 20 anos que viaja para Nova York com o objetivo de realizar o seu grande sonho de se tornar uma atriz de cinema. No Brasil, deixa para trás sua infância vivida de forma clandestina, por causa da ditadura militar no país, além de sua irmã de 7 anos, Petra.
Cerca de duas décadas depois, Petra tornou-se também uma atriz e decide ir até Nova York em busca de sua irmã mais velha. Em sua busca, contudo, Petra encontra apenas algumas pistas sobre o paradeiro de Elena, como cartas, filmes caseiros e um diário.
Desse modo, Petra segue os últimos passos de Elena, que acaba levando ela a um lugar completamente inusitado.
Olhos de Ressaca (2009)
Vera e Gabriel completam 70 anos de casados, então começam a divagar sobre a trajetória como casal, incluindo os flertes iniciais, o nascimento dos filhos, sobre a vida em geral e como envelheceram juntos.
Créditos Finais
O cinema brasileiro ainda não é tão prestigiado quanto deveria ser, e quando se trata de uma mulher brasileira, torna-se menos ainda reconhecido. Porém, Petra Costa construiu para si uma carreira sólida e promissora.
Não é para menos que tornou-se uma das cineastas brasileiras mais reconhecidas ao redor do mundo, por sua marca única e original. Por fim, não esqueça de compartilhar conosco a sua opinião sobre as obras de Petra Costa!