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A Netflix foi “cruel” com a produção da série Dahmer

A Netflix lançou seu mais recente documentário de true crime chamado Dahmer: Um Canibal Americano, mas a família de uma das vítima ficou triste com a produção.

Eric Perry, familiar de Errol Lindsey, uma das vítimas do assassino Jeffrey Dahmer, publicou em uma rede social sua indignação. Para contextualizar, há uma cena onde Rita Isbell, irmã da vítima, sofreu no tribunal do júri diante do assassino.

“Não estou dizendo a ninguém o que assistir, sei que a mídia de true crime é gigantesca atualmente, mas se você estiver curioso sobre as vítimas, minha família (a de Isbell) está irritada com a série. É um trauma repetido várias e várias vezes, e para que? Quantos filmes/séries/documentários nós precisamos? Tipo, recriar minha prima tendo um colapso emocional no tribunal frente a frente com o homem que torturou e assassinou seu irmão é SELVAGEM. SELVAAAAAAGEM.”

Depois da repercussão e diante de várias dúvidas, Eric esclareceu que a Netflix não consultou a família:

“Ok, não esperava que aquele tweet recebesse tanta atenção. Respondendo à pergunta principal: não, eles não notificam as famílias quando fazem isso. Tudo está registrado publicamente, então eles não precisam notificar (ou pagar!) a ninguém. Minha família descobriu sobre isso ao mesmo tempo em que todo mundo. Então enquanto eles dizem que estão fazendo ‘com respeito às vítimas’ ou ‘honrando a dignidade das famílias’, ninguém está entrando em contato. Nesse ponto, meus primos acordam há meses com várias ligações e mensagens, aí ficam sabendo que há outra série do Dahmer. É cruel.”

O chamado “Direito ao Esquecimento” foi confirmado na União Europeia. Mas aqui no Brasil a ministra Nancy Andrighi disse que o termo é incompatível com a constituição.

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*com informações do Nerdbunker, STJ e Marello.

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