Por que Star Wars: Os Últimos Jedi é ruim?

Star Wars: Os Últimos Jedi chegou com a difícil missão de “tentar concertar” os erros do filme anterior, mas para mim, apesar de manter muitos pontos positivos, cometeu o erro de ferir um personagem clássico da franquia.

Esse é o meu segundo artigo onde, de forma definitiva, analiso os pontos positivos e negativos dos filmes da Trilogia Sequela.

O meu outro texto sobre Star Wars: O Despertar da Força já está publicado no site.

Além disso, na minha conclusão, deixo como eu fui “enganado” pelo discurso de Luke Skywalker.

Os Últimos Jedi

Quando Os Últimos Jedi chegou, a expectativa era que mostrasse finalmente o que tinha acontecido com Luke.

Mergulhado no mistério de seu exílio e abarrotado de teorias que pipocavam na época, por um momento eu me esqueci dos erros do filme anterior e me empolguei.

O teaser só mostrava como as perguntas possivelmente seriam respondidas, o hype só aumentava.

Infelizmente, o filme não deu conta de explicar tudo e, apesar de ter momentos memoráveis, mostrou decisões ruins que “machucariam” para sempre a percepção de alguns fãs sobre certos personagens.

Pontos Positivos

Começando pelos positivos, confesso que este filme é o menos dolorido de se assistir da Trilogia Sequela. O roteiro apresenta grandes momentos que, se Rian Johnson tivesse escrito os outros filmes, tendo a imaginar que a história seria melhor.

O primeiro destaque vai para a abertura do filme que estabelece Poe Dameron como um grande piloto. Ao longo do filme vemos também seu desenvolvimento, quase uma sugestão que ele seria o próximo líder rebelde.

A sequência inicial onde vemos o sacrifício da irmã de Rose, mostra como a causa é forte e reacende nos fãs antigos a vontade de vencer a tirania.

Um dos pontos altos do filme é quando Leia usa a força. Ela sobreviveu no vazio do espaço e usou seu poder para voltar para a nave. Isso foi muito dahora!

Outra coisa que gostei foi o discurso sobre a arrogância dos Jedi. Começamos a entender que eles não são perfeitos. Inclusive mestre Yoda fala isso para Luke.

Gostei muito de ver essa autocrítica. Para mim, isso mostrou uma nova possibilidade para os Jedi, uma possibilidade menos sacerdotal e mais humana.

Outro ponto alto foi mostrar que a Rey NÃO É ESPECIAL! Nem todo mundo é herdeiro, nem todo mundo vem de família abastada e de condições ideais. Esse aspecto da personagem conversa com tantas pessoas que, por um momento, acreditei que Star Wars seria mais inclusivo com seus protagonistas.

A cena mais bonita (e trágica) do filme, é o resultado do sacrifício da vice Almirante Holdo. Aqueles segundos de silêncio contemplativo joga com a nossa percepção sobre em que circunstâncias o fascinante pode aparecer.

Quando Rey, nos momentos finais do filme, fecha a porta da nave enquanto estava conectada com Kylo, indica que ela desistiu dele. A partir daquele momento não teria mais volta e a luta entre eles era inevitável.

Inclusive, que bom desenvolvimento do personagem Kylo. Ele é usado por Snooke para atrair Rey (o próprio Snooke explica isso); e como um verdadeiro Sith acaba com seu mestre visando uma aliança mais poderosa.

Mas é claro que ele não esperava por Luke. O personagem, no seu ápice de poder, mostrou todo o potencial da força. Até hoje esse feito é memorável.

Snooke se provou um vilão articulador, mas infelizmente sua história de origem é péssima.

Pontos Negativos

Mas Os Últimos Jedi também apresenta profundas feridas.

A mais grave delas é acabar com a esperança de Luke. Ele é o símbolo máximo da causa rebelde, aquele que até o último momento acreditou na redenção de Darth Vader. E que apesar de enfrentar um duro treinamento, acreditou que podia lidar com o Imperador.

Sim, eu até gosto de como o personagem precisaria entender como ser um mestre (já que ele foi ensinando a ser aluno), mas jogar fora o sabre de luz trazido por Rey, foi um grande balde de água fria.

Um ponto negativo no desenvolvimento de Kylo, foi ele abandonar sua máscara. Sim, foi justificado já que Snooke o humilhou, mas para alguém que se espelha em Darth Vader, não fez muito sentido.

Outra coisa que achei ruim em Kylo, foi ele não ter atirado na ponte de comando onde estava Leia, sua própria mãe. Na minha cabeça, apesar de talvez estar sentido o pesso de ter assassinado Han, ele estava convicto em ser um Sith.

Será que acabar com Han Solo não foi o bastante? Que outro feito seria MAIOR que este? Ele ainda tinha dúvidas do que queria depois de tudo que fez?

E esse ponto de dúvida, infelizmente, vai resultar em um dos maiores erros da franquia. A redenção de um vilão e a incapacidade da franquia em criar novos vilões.

Deixaram a gente sonhar quando vimos Rey experimentando o lado sombrio da força.

Conclusão

Com o discurso de Luke para Rey, onde ele fala do equilíbrio e da arrogância da Ordem Jedi que achava que detinha o poder da luz, eu achei que seríamos apresentados à um novo conceito.

Mas o Jedi Cinza, aquele que usa técnicas Jedi e Sith e caminha entre estas duas filosofias, não existe no cânone de Star Wars. Ou seja, está mais presente na mente dos fãs do que na mente dos idealizadores.

Apesar de tentar, Os Últimos Jedi evidenciou uma disputa que existiu entre Rian Johnson e J. J. Abrams. Dessa disputa, os maiores perdedores foram nós, os fãs.

O terceiro filme da Trilogia Sequela foi tão ruim, que resultou numa medida desesperada da Disney, distribuir pesquisa de satisfação em alguma sessões, além de um dos pronunciamentos mais infelizes que um executivo do cinema poderia dar ao público.

Isso tudo eu explico no meu próximo artigo.

Agora quero saber de você, qual sua opinião sobre Star Wars: Os Últimos Jedi? Deixe nos comentários!

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Albert Hipolito

Criador do Por Dentro da Tela. É Radialista e nas produções cinematográficas sempre está envolvido na arte. Tem em Pokémon e em Star Wars suas lembranças vivas da infância.

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