Por que Evangelion é diferente? Vale a pena assistir o anime e os filmes?
No artigo de hoje fiz uma análise (sem spoilers) sobre o anime e todos os filmes!
Nesse texto você vai entender a ordem para assistir, como você pode interpretar Evangelion, se o anime é bom e os motivos para assistir.
O início de Evangelion
Tudo começou no anime Neon Genesis Evangelion. Com 26 episódios exibidos entre 1995 e 1996 no Japão, rapidamente conquistou muitos fãs e se tornou uma obra influente e muito falada até hoje.
A história é sobre Shinji Ikari, um jovem que vive uma vida comum e solitária até que um dia seu pai o convoca para pilotar um robô gigante para proteger a cidade de um monstro.
Superficialmente falando, Neon Genesis Evangelion parece uma trama comum de adolescente sobre um pano de fundo de mechas, mas a verdade é que o criador Hideaki Anno foi além disso e trabalhou sob uma perspectiva inexplorada até aquele momento.
As características de Evangelion
Evangelion explora ao máximo a jornada emocional de seus personagens, forçando assim que o espectador reflita sobre suas próprias condições, além de rever suas opiniões sobre certas situações e sobre pessoas que estão passando por momentos delicados em suas vidas.
No geral o anime exige que você assista tentando ir além da superfície que é apresentado em tela. Nesse sentido o anime é corajoso por desafiar sua audiência.
Outra característica de Neon Genesis Evangelion é que ele foge de uma narrativa clássica, justamente por abordar temas de forma pouco ortodoxa.
Isso justifica, por exemplo, o não comprometimento do diretor em explicar toda a mitologia da história, pelo contrário. Com o que recebemos do enredo vamos tentando entender o que aconteceu.
Outro ponto são os nomes dos seres, dos personagens e das coisas.
Eles passeiam nas mitologias religiosas fazendo uma grande mistura; para mim isso significa que o anime tenta mostrar que independente da sua crença, a vida e as emoções humanas estão sendo retratadas ali e resolver estas questões emocionais se resume em olhar para dentro, para o outro e entender o ponto comum que nos une.
O diferencial e os personagens de Evangelion
Sua abordagem é introspectiva, pelo menos do ponto de vista do protagonista. Para mim os personagens que pilotam os EVAS (que são os robôs gigantes do anime) são três perspectivas diferentes de encarar a solidão.
Shinji encara de uma forma mais interiorizada, se arriscando pouco a se colocar emocionalmente para fora.
Já Asuka encara de forma exteriorizada, dizendo quase tudo que pensa e compensando sua insegurança em forte senso de alto afirmação.
E Rei encara a solidão de forma indiferente. Ela sistematicamente deixa de lado sentimentos e atitudes humanas. Isso é justificado no anime, mas implicitamente falando ela nos diz sobre as pessoas que já não reagem diante das emoções.
Evangelion é sobre isso. Emoções, cicatrizes psicológicas, solidão, fobias, traumas e relacionamentos humanos.
Como assistir Evangelion (ordem)
Existem diferenças em toda a franquia que, para você que não assistiu, é importante saber.
Originalmente Evangelion foi lançado como anime. Como a conclusão do anime foi recebida de maneira peculiar pelo público, Hideaki Anno lançou o filme End of Evangelion que mostra o final da saga por uma abordagem menos introspectiva.
Como o anime gerou bons resultados, em 2007 foi laçado o filme Evangelion 1.0. A intenção foi trazer a franquia para um novo público além de ser uma reconstrução da história. E então foi sucedido pelos filmes Evangelion 2.0, 3.0 e o 3.0 + 1.0 que encerra a história. Todos estes disponíveis atualmente no Prime Video.
Apesar de ter diferenças entre estes filmes e a saga original, para mim o anime consegue de maneira mais satisfatória abordar a solidão e a tristeza.
Créditos Finais
Mas quero saber de você. Quais suas impressões de Evangelion? Deixe nos comentários!
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